No primeiro dia, houve prestação de contas e ausência de programa de um candidato

O primeiro programa de candidatos a prefeito no horário eleitoral gratuito na TV em Paranavaí foi marcado pela ausência do candidato César Alexandre. A assessoria do candidato divulgou nota à tarde relatando problemas técnicos, o que gerou atraso na entrega do programa. E acrescentou que à noite o programa seria vinculado normalmente.
Outro ponto de destaque foi a prestação de contas do atual prefeito e candidato à reeleição, Rogério Lorenzetti. Ele também antecipou o que deverá ser o centro da campanha: a área da saúde. O candidato Ivan Bernardo fez compromissos locais e focou o conteúdo programático dos socialistas.
Como já definido previamente, a Coligação Paranavaí Socialista, composta por PSTU/PSOL, com Ivan Ramos Bernardo e Marcos Aurélio, abriu o programa, que a partir de agora vai alternar na ordem de exibição. Com direito a 3 minutos e 27 segundos por programa, os socialistas iniciaram com o ex-candidato a prefeito, professor Ailson do Carmo falando da nova chapa.
Ivan Bernardo chamou a atenção para o que considera crucial: a diferença entre a sua candidatura e as demais chapas, longe dos grupos econômicos. Ele deu o tom crítico ao se referir a um episódio de 2011, quando colocou faixa no Estádio Waldemiro Wagner durante jogo do ACP, criticando a administração.
Na faixa lia-se: “Procura-se um prefeito para Paranavaí”. Ele defendeu esta ação, classificando como liberdade de expressão.
SITUAÇÃO – O atual prefeito Rogério Lorenzetti, cabeça da Chapa União para o Desenvolvimento, tem o empresário Rubens Felippe na Vice (PMDB/PSDB). Ele abriu o programa chamando a atenção para o que considera conquistas nas áreas de emprego, saúde, infraestrutura e outras.
O programa defendeu a ampla coligação de 14 partidos, exibindo depoimentos de apoio, incluindo manifestações de deputados, ex-prefeitos e do governador Beto Richa. O programa tentou valorizar a figura do vice e explicar as razões que culminaram na aliança.
Já antecipando o que deverá ser um dos temas centrais da campanha, o programa trabalhou a área de saúde. Mostrou um caso pontual de paciente e por fim, uma manifestação do prefeito Lorenzetti, que, entre outras coisas, analisa que a saúde de Paranavaí está avançando. Pediu que as pessoas comparem a cidade com a realidade paranaense e do Brasil.
Ele assumiu o compromisso da gestão plena, isto é, administração da saúde em todos os níveis de complexidade. Hoje a gestão é compartilhada, com o município se responsabilizando pela atenção básica e o estado trabalha a média e a união a alta complexidade. A coligação dispõe de mais tempo: 16 minutos e 43 segundos.  

PARANAVAÍ PARA TODOS NÃO FOI VEICULADO
A surpresa do dia foi a não veiculação do primeiro programa da Coligação Paranavaí Para Todos. No lugar, uma mensagem do TRE, informando tratar-se de horário eleitoral gratuito.
A assessoria dos candidatos César Alexandre e Toshie Yamakawa (PT/PP) informou que houve um problema técnico e o material não foi entregue a tempo. Para a noite a expectativa era regularizar a situação. No rádio a veiculação foi normal.
O episódio gerou debates nas redes sociais, incluindo críticas dos adeptos da atual administração e procura de explicações por parte dos simpatizantes da chapa oposicionista.
O chamado palanque virtual, incluindo rádio e TV e mídias sociais, é apontado por especialistas como determinante nas eleições brasileiras, sobretudo, com as recentes restrições legais. Shows e brindes, por exemplo, estão proibidos.
DEBATE – Com isso, o mesmo tom de defesa por parte dos adeptos das partes vale para a repercussão do primeiro debate da campanha, realizado anteontem na Unipar pela rede de Rádios em parceria com o Curso de Direito. Defensores das chapas fazem análises engajadas, alegando vitória. A saúde esteve no centro desse debate.