No recurso, Elmo Spigolon diz que inscrição de sua chapa foi aceita

A chapa do candidato Elmo Mairink Spigolon tentou na sexta-feira entrar com recurso na Junta de Justiça Desportiva (JJD) para manter a eleição de escolha do novo presidente da Liga Amadora de Paranavaí, mas não conseguiu. A informação é que o presidente da JJD, Marcos Antônio Lucas de Lima, se declarou impedido para julgar o fato em função de ter um familiar em uma das chapas.
No recurso que seria entregue, o candidato Elmo Spigolon afirma estar apto a participar da eleição, e que o registro foi considerado legal em uma reunião no último dia 7, com a presença do presidente da JJD e também da Liga Amadora.
A eleição na Liga deveria ter ocorrido neste sábado, mas foi cancelada pelo presidente da entidade, Renato de Oliveira Miranda, alegando irregularidades na inscrição das duas chapas – a outra era encabeçada por Francisco Carneiro dos Santos Soares.
A chapa de Spigolon promete entrar com ação na justiça nesta segunda-feira, justificando seu registro no dia 28 de fevereiro, entregue ao diretor de Arbitragem, Luciano de Sousa Guinda, em função da ausência, na Liga, do presidente da entidade e do secretário.
Posteriormente, a documentação foi entregue a Renato Miranda por volta das 23h, aponta o recurso, e ainda que o presidente da JJD reconheceu a legalidade do registro.
Por outro lado, a chapa de Elmo Spigolon cita declaração de Renato Miranda de que teria recebido o registro da chapa de Francisco Carneiro no dia 1º de março, portanto, fora do prazo legal. O último dia para registro foi 28 de fevereiro. Carneiro nega irregularidades no seu registro de chapa e já afirmou que respeita a decisão do cancelamento da eleição.
A chapa “Uma Nova Liga”, de Spigolon, vai requerer a nulidade do cancelamento das eleições, alegando que “o motivo apresentado pelo presidente da Liga para o cancelamento não existe”. Renato Miranda informou ao DN que decidiu pelo cancelamento em função de irregularidades na inscrição das duas chapas, fato contestado pelos candidatos.
Alega também a chapa Uma Nova Liga, “que em nenhum momento foi dado ciência do ato do presidente (cancelamento da eleição), em tempo hábil para elaboração de defesa prévia, tomando conhecimento pela veiculação da notícia no jornal Diário do Noroeste, caracterizando assim, ato autoritário e não previsto em Estatuto”.
O recurso coloca em suspeita a atuação do presidente da Liga na condução do processo eleitoral. Diz o texto que o presidente da Liga, Renato Miranda, “manifestou publicamente viés de preferência pela chapa ‘Continuação Pro Bem´, demonstrado em ações unilaterais e de natureza suspeita quanto ao recebimento da chapa citada”.