Noroeste do Paraná terá nove representantes em Conferência Estadual de Segurança Alimentar
REINALDO SILVA
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Nove representantes do Noroeste do Paraná foram eleitos para participar da 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, em agosto. São seis pessoas da sociedade civil e três de entidades governamentais. Levarão as propostas definidas no âmbito regional, na semana passada, em Paranavaí.
As discussões foram baseadas em três eixos principais: alimentação como princípio de existir, desafios e possibilidades na construção das políticas públicas e geografia da fome e o desperdício dos alimentos.
A partir desses temas, os participantes da Conferência regional elencaram uma série de proposições, três para cada eixo. Serão apresentadas no evento estadual e poderão ser aprimoradas ou incorporadas a outras ideias. O intuito é que se transformem em políticas públicas voltadas para a segurança alimentar.
Entre as preocupações apontadas durante a Conferência regional está o uso de agrotóxicos no cultivo de alimentos. Na concepção dos participantes, é necessário reavaliar a legislação e estabelecer regras eficazes para o uso dos produtos, além de capacitar os agricultores sobre a aplicação consciente.
As propostas que serão apresentadas na Conferência estadual também incluem a promoção de políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e os empreendimentos coletivos (como associações e cooperativas). A partir daí, será possível criar estratégias de transição para os cultivos agroecológicos e orgânicos.
Outro debate levantado na Conferência regional do Noroeste do Paraná foi sobre a implantação, a ampliação e o fortalecimento de programas de aquisição de alimentos. Além disso, os participantes falaram da importância de priorizar produtores rurais locais em editais públicos de licitação.
Eles também apontaram a necessidade de criar equipamentos públicos que ofereçam segurança alimentar, principalmente para pessoas em condições de vulnerabilidade e beneficiárias de programas sociais. A ideia é investir na construção de restaurantes populares e cozinhas comunitárias. É preciso, ainda, estabelecer metas que contemplem a redução de perdas e desperdício, promover campanhas educativas e tornar mais forte a atuação de conselhos de segurança alimentar.
Técnica do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) – núcleo regional de Paranavaí –, Suzimery Carvalho afirmou que a alimentação é uma necessidade básica, o que exige cuidados desde o cultivo no campo até a forma como os produtos são disponibilizados para os consumidores finais.
Ela também destacou a importância do envolvimento de outros setores do serviço público, por exemplo, Educação, Saúde e Assistência Social, nos debates sobre segurança alimentar.