Número de escorpiões encontrados em Paranavaí preocupa autoridades sanitárias

Materiais de construção, madeiras e entulhos acumulados no quintal de casa podem esconder um grave risco aos moradores: escorpiões.
Segundo o diretor da Vigilância em Saúde (Visa) de Paranavaí, Décio Borges Monteiro, o número de aracnídeos encontrados nas residências da cidade é preocupante. “Todos são peçonhentos, mas o mais comum é o escorpião amarelo”, diz.
A pessoa picada pelo aracnídeo pode apresentar dor e amortecimento leve no local atingido pelo ferrão, vômitos ocasionais, suor, agitação, taquicardia e hipertensão arterial. Nos casos mais graves pode haver falta de ar intensa e choque anafilático, podendo levar a vítima à morte.
Quando uma pessoa é picada por escorpião, a primeira medida a ser tomada é lavar o local com água e sabão. Em seguida, a pessoa precisa procurar assistência médica. Quanto ao escorpião, com muito cuidado, é preciso capturá-lo em um recipiente de vidro, para encaminhá-lo à Vigilância em Saúde, para posterior análise laboratorial.
Para evitar o problema, a orientação de Monteiro é que os moradores façam a limpeza de seus quintais. “Os escorpiões se alimentam de baratas, e é no meio de detritos que elas se escondem. Por isso é que os escorpiões procuram esses ambientes”, explica o diretor da Visa.
Monteiro ressalta que é importante olhar com atenção dentro dos sapatos antes de calçá-los, verificar roupas e toalhas antes do uso, conferir sofás e camas. É que os aracnídeos procuram lugares onde possam se esconder, e na maioria das vezes não são vistos facilmente.
AÇÕES DE CONTROLE – Por causa da preocupação com o número de escorpiões encontrados em Paranavaí, a Visa está completando um mapeamento que vai indicar onde existe maior incidência do aracnídeo. Também realiza um trabalho de conscientização dos moradores, para que mantenham os quintais limpos. Paralelamente, a equipe da Visa estuda formas mais eficazes de combater o escorpião. “O veneno aplicado à distância não mata o escorpião”, explica.
Segundo Monteiro, o próximo passo será realizar arrastões nos locais indicados pelo mapeamento como mais críticos. Além das orientações aos moradores, a ação deverá envolver a limpeza de terrenos e quintais e a coleta de materiais de construção, madeiras e entulhos. A previsão é de que aconteça na segunda metade de janeiro.