Número de notificações cresce 72% em dez dias
O número de casos de dengue na região de Paranavaí (28 municípios) cresceu 72,22% em, dez dias. É o que revela a planilha da 14ª Regional de Saúde fechada anteontem. Das 702 notificações de 2015 até 02 de fevereiro, o número saltou para 1.209 no dia 12. Embora haja situações diferentes em cada cidade, no geral toda a região vive o mesmo problema e causa preocupações.
O aumento no número de notificações não significa que esteja havendo um período de maior incidência de casos. Coordenador da Vigilância em Saúde, Valter Sordi Júnior explica que muitas prefeituras tinham notificações represadas por falta de digitação e abastecimento do sistema que centraliza os dados regionais. Portanto, os casos continuam existindo, mas, não necessariamente em maior proporção em relação às semanas anteriores.
Além do número de casos, outro dado revela que a situação é preocupante nas cidades: o índice elevado de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue. Há cidades com mais de 10%. O máximo tolerável pela Organização Mundial de Saúde é de até 1%.
Alguns municípios têm índices baixos oficialmente, mas nem sempre reais, comenta Sordi Júnior. Isso ocorre pela forma de fazer a verificação, deixando locais potencialmente propícios para focos, entre eles, bocas de lobo.
DETALHAMENTO – Do total notificado até o levantamento (1.209), 152 foram positivos, sendo 135 autóctones, ou seja, as pessoas contraíram onde moram. Outros 15 são os chamados importados, em pessoas que viajaram. Ainda no levantamento há 92 exames negativos. O número de pendentes é de 965.
Do ponto de vista do controle das ações, o alto número de pendentes não significa problema na prática. Isso porque no cenário de epidemia, os pacientes são diagnosticados clinicamente, isto é, pelo médico, com base nos sintomas. Portanto, não há necessidade de exame, informa o coordenador da Vigilância em Saúde, Valter Sordi Júnior. A média recomendada é de testagem em 10% a 20% dos suspeitos.
O raciocínio é simples: se o vírus está circulando (a circulação é comprovada pelo elevado número de positivos em relação aos negativos) e os sintomas são característicos, não há necessidade de fazer o exame laboratorial. A pessoa recebe tratamento e os mesmos cuidados.
No caso da dengue, tratamento significa cuidados com a hidratação e medicação para sintomas – analgésicos e antitérmicos. A recomendação da regional é que o tratamento não fique a critério do paciente, mas que seja acompanhado através dos agentes comunitários de saúde e Programa Médico da Família e unidades básicas (postos).
A regra dos exames tem exceções. Obrigatoriamente são coletadas amostras e feito exame sempre que a suspeita for em gestantes, crianças, idosos ou pacientes que necessitem de internação hospitalar, além de outros chamados grupo de risco (geralmente com doenças associadas).
PERÍODO EPIDÊMICO – Levando em conta o chamado período epidêmico, considerado pela Secretaria de Estado da Saúde a partir de agosto de 2014 (após o inverno), a região de Paranavaí notificou 2.213 casos, sendo 435 positivos.
O Noroeste é a região mais propicia para o avanço da dengue porque possui condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito. São temperaturas altas e chuvas regulares. Por isso, o combate deve ser ininterrupto.
Fazer limpeza e educar a população, por mais repetitivo que seja, tem de ser prioridade, alerta Sordi Júnior. Ele adverte que algumas cidades acabam negligenciando tais cuidados pelo custo do investimento ou pelo pouco resultado prático das campanhas educativas. Essa combinação pode levar a cenários ainda piores, sintetiza, reiterando que na média as cidades voltaram a demonstrar preocupação.
CARNAVAL – O Carnaval resulta em preocupação extra por causa do longo período de feriado. Isso porque muita gente viaja (podendo levar ou trazer a doença). Outro problema é que o lixo se acumula em algumas cidades com a redução da coleta ou maior produção de lixo. Sem contar a aglomeração de pessoas, aliadas aos altos índices de infestação.
O aumento no número de notificações não significa que esteja havendo um período de maior incidência de casos. Coordenador da Vigilância em Saúde, Valter Sordi Júnior explica que muitas prefeituras tinham notificações represadas por falta de digitação e abastecimento do sistema que centraliza os dados regionais. Portanto, os casos continuam existindo, mas, não necessariamente em maior proporção em relação às semanas anteriores.
Além do número de casos, outro dado revela que a situação é preocupante nas cidades: o índice elevado de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue. Há cidades com mais de 10%. O máximo tolerável pela Organização Mundial de Saúde é de até 1%.
Alguns municípios têm índices baixos oficialmente, mas nem sempre reais, comenta Sordi Júnior. Isso ocorre pela forma de fazer a verificação, deixando locais potencialmente propícios para focos, entre eles, bocas de lobo.
DETALHAMENTO – Do total notificado até o levantamento (1.209), 152 foram positivos, sendo 135 autóctones, ou seja, as pessoas contraíram onde moram. Outros 15 são os chamados importados, em pessoas que viajaram. Ainda no levantamento há 92 exames negativos. O número de pendentes é de 965.
Do ponto de vista do controle das ações, o alto número de pendentes não significa problema na prática. Isso porque no cenário de epidemia, os pacientes são diagnosticados clinicamente, isto é, pelo médico, com base nos sintomas. Portanto, não há necessidade de exame, informa o coordenador da Vigilância em Saúde, Valter Sordi Júnior. A média recomendada é de testagem em 10% a 20% dos suspeitos.
O raciocínio é simples: se o vírus está circulando (a circulação é comprovada pelo elevado número de positivos em relação aos negativos) e os sintomas são característicos, não há necessidade de fazer o exame laboratorial. A pessoa recebe tratamento e os mesmos cuidados.
No caso da dengue, tratamento significa cuidados com a hidratação e medicação para sintomas – analgésicos e antitérmicos. A recomendação da regional é que o tratamento não fique a critério do paciente, mas que seja acompanhado através dos agentes comunitários de saúde e Programa Médico da Família e unidades básicas (postos).
A regra dos exames tem exceções. Obrigatoriamente são coletadas amostras e feito exame sempre que a suspeita for em gestantes, crianças, idosos ou pacientes que necessitem de internação hospitalar, além de outros chamados grupo de risco (geralmente com doenças associadas).
PERÍODO EPIDÊMICO – Levando em conta o chamado período epidêmico, considerado pela Secretaria de Estado da Saúde a partir de agosto de 2014 (após o inverno), a região de Paranavaí notificou 2.213 casos, sendo 435 positivos.
O Noroeste é a região mais propicia para o avanço da dengue porque possui condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito. São temperaturas altas e chuvas regulares. Por isso, o combate deve ser ininterrupto.
Fazer limpeza e educar a população, por mais repetitivo que seja, tem de ser prioridade, alerta Sordi Júnior. Ele adverte que algumas cidades acabam negligenciando tais cuidados pelo custo do investimento ou pelo pouco resultado prático das campanhas educativas. Essa combinação pode levar a cenários ainda piores, sintetiza, reiterando que na média as cidades voltaram a demonstrar preocupação.
CARNAVAL – O Carnaval resulta em preocupação extra por causa do longo período de feriado. Isso porque muita gente viaja (podendo levar ou trazer a doença). Outro problema é que o lixo se acumula em algumas cidades com a redução da coleta ou maior produção de lixo. Sem contar a aglomeração de pessoas, aliadas aos altos índices de infestação.