Número de violência doméstica preocupa autoridades de Paranavaí

Levantamento realizado pelo grupo de estudo formado por acadêmicos do curso de Assistência Social da Unespar/Fafipa mostrou que, de janeiro a junho deste ano, já foram registrados 340 casos de violência doméstica junto à Delegacia de Polícia Civil de Paranavaí.
O número preocupou as autoridades presentes na reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), realizada na quarta-feira. O número é preocupante, porque em todo o ano passado foram 420 casos de violência doméstica.
O prefeito Rogério Lorenzetti solicitou que sejam agrupados todos os dados da pesquisa para a próxima reunião. “Queremos usar esses dados para prosseguir com o nosso trabalho. Com essas informações poderemos fazer um diagnóstico para atuarmos de forma cirúrgica nesse problema”, apontou o prefeito.
A próxima reunião do Gabinete de Gestão Integrada deve acontecer dentro de 60 dias. O grupo busca integrar instituições governamentais e não-governamentais em ações que possam colaborar com o combate e prevenção à violência e ao crime e dar mais segurança à população.
A reunião teve como pauta o combate à violência familiar e, de forma especial, à mulher. Nesse sentido, a secretária de Assistência Social, Marly Bavia, destacou a realização do Provida (Programa de Proteção e Orientação às Vítimas da Violência Doméstica e Familiar), que tem como objetivo desenvolver ações, inclusive preventivas, para conter o avanço deste tipo de violência no município através de denúncias pelo Disque 100.
Segundo a secretária, o material de divulgação do programa já está sendo distribuído em diversos pontos do município e a meta é ampliar o alcance às vítimas de violência.
“Ainda é difícil chegar até essas mulheres, pois muitas delas se escondem por medo ou vergonha. Elas precisam entender que hoje existe um arcabouço legal e toda uma estrutura preparada para dar atendimento, amparo e proteção e que elas não ficarão desassistidas”, sublinhou a secretária.
Para o prefeito Rogério Lorenzetti, presidente do GGI-M, a violência doméstica também deve ser encarada como um problema de ordem cultural que, segundo ele, leva tempo para ser combatido.
“Ainda temos muitos casos de mulheres que suportam a violência por serem dependentes financeiramente de seus parceiros. Nosso objetivo é reforçar a divulgação do Provida e dar o amparo necessário através dos nossos equipamentos para que elas não precisem mais suportar esse tipo de situação”, afirmou o prefeito.
A reunião desta quarta-feira contou ainda com a participação dos secretários José Corrêa (Proteção à Vida, Patrimônio Público e Segurança), Eurípedes Lemes Silva (Infraestrutura), da vereadora Zenaide Borges, do capitão Orlando Lázaro do 8º BPM, do chefe do escritório regional da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Valmir Trentini, do representante do Conselho Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas, Dante Ramos Junior,  e de representantes das secretarias municipais de Saúde, Educação, Assistência Social, 14ª Regional de Saúde e Corpo de Bombeiros.