Números de dengue revelam perspectiva de situação grave no segundo semestre
REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
O primeiro semestre de 2019 está chegando ao final e o Paraná registrou 20 óbitos por dengue, três deles na região de Paranavaí. De acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já são 16.402 casos confirmados da doença nos municípios paranaenses.
Se os números dos seis primeiros meses chamam a atenção por serem elevados, as perspectivas para o segundo semestre são ainda mais preocupantes. De acordo com informações da 14ª Regional de Saúde, novos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti podem entrar em circulação, agravando o cenário.
Atualmente, a maioria dos casos positivos de dengue foi provocada pelo tipo dois. Mas há outras variações que, se transmitidas para quem já teve a doença, podem provocar sintomas mais graves e até levar o paciente à morte.
O mosquito responsável pela transmissão dos diferentes vírus da dengue também provoca doenças tão ou ainda mais graves, tais como, zika, chikungunya e febre amarela. No caso da febre amarela, a letalidade passa de 50%, o que aumenta ainda mais as possibilidades novos registros de mortes.
Para intensificar os trabalhos de combate ao Aedes aegypti nos municípios do Noroeste do Paraná, equipes da 14ª Regional de Saúde estão se reunindo a servidores que atuam em várias frentes de atendimento de saúde. A ideia é fortalecer as ações integradas, organizando os atendimentos e os bloqueios.
São chamados bloqueios os serviços de eliminação de criadouros de larvas do Aedes aegypti e a pulverização de veneno para atacar diretamente os mosquitos adultos em locais onde existem moradores com casos positivos de dengue. Essa iniciativa visa a reduzir a propagação viral.
Paralelamente, é necessário que as administrações municipais promovam de forma constante e efetiva a limpeza do perímetro urbano, em ruas, avenidas, bocas de lobo e prédios públicos.
Aos moradores cabe o papel de não descartar de maneira incorreta qualquer tipo de resíduo, já que objetos que possam acumular água se tornam ideais para que o Aedes aegypti deposite os ovos e complete o ciclo reprodutivo. Manter quintais limpos é outra tarefa essencial de todos os cidadãos.
REGIÃO NOROESTE – De acordo com o boletim da Sesa, os municípios do Noroeste do Paraná com mais casos positivos de dengue até ontem eram, em ordem alfabética, Alto Paraná, Cruzeiro do Sul, Loanda, Nova Londrina, Paranapoema, Porto Rico e São Carlos do Ivaí, todos em situação de epidemia.