O amor com muito humor da Cia. Pé no Palco
O espetáculo é baseado na obra de Roberto Gomes, famoso pelas crônicas publicadas no Caderno G da Gazeta do Povo, que fala sobre o convívio de duas pessoas que se amam e, mesmo enfrentando tantos problemas, confrontos, medos e desastres, ainda buscam manter acesa a chama que um dia os aproximaram. “Tudo isso é encenado tendo como trilha sonora as canções de amor do compositor Reinaldo Godinho. Todas foram feitas especialmente para a peça”, explica a diretora Fátima Ortiz, acrescentando que as letras das músicas completam o texto de Gomes.
“O Amor Seja Como For” é dividido em onze cenas independentes que são apresentados por dois casais interpretando 28 personagens. Tudo isso com requinte de crônica e estrutura de conto. Em cada encenação, o casal vive situações impagáveis da vida real. “A identificação do público é inevitável porque sempre há pessoas na plateia que vivem ou viveram alguns desses momentos, principalmente os mais tímidos. Cada cena leva à conclusão de que o mais importante é o amor, seja como for”, destaca a diretora em referência ao espetáculo que discute ciúmes, traição e diferenças entre homens e mulheres.
Uma trajetória de 18 anos
Fundada em 1995 por Fátima Ortiz, a Pé no Palco nasceu como uma escola e parceira da Fundação Cultural de Curitiba, oferecendo cursos livres de teatro. Três anos depois, já somava um grande número de alunos que se dividiam em turmas de profissionalização teatral com duração de três anos. “Daí em 2001, decidi formar novos professores e criar uma companhia estável de teatro”, conta Fátima que trabalha com artes cênicas há mais de 40 anos.
Com o apoio da FC de Curitiba, desde 2002 o Espaço Cultural Pé No Palco é sediado no bairro Rebouças, onde ocupa um imóvel de 900 metros quadrados, cenário de centenas de peças e formação de outras centenas de atores, alguns atuando em produções da Globo, Record, SBT e Band. “Temos dois estúdios de aula, palco italiano e alternativo, cantina, escritórios, biblioteca, sala de vídeo, estúdio de artes plásticas e camarins. É o suficiente para impulsionar todas as nossas atividades”, declara.