O impacto das chuvas
As chuvas intensas, acompanhadas de ventos e granizo, estão causando um estrago considerável na zona rural e urbana do Paraná.
Relatos divulgados pela imprensa dão conta de inúmeros eventos neste início de primavera com danos materiais de grande monta à agricultura e à malha de vias pavimentadas, em obras ou de leito natural das cidades do sul do Brasil.
A chuva, embora benéfica ao plantio das lavouras de verão, vem mal distribuída e impacta de forma agressiva nossas propriedades rurais e infraestrutura urbana de forma a produzir estragos que levarão meses até que se restabeleça a normalidade e a mobilidade desejada aos veículos de transporte e carga.
Em horas de precipitação ela consegue destruir o trabalho de meses ou anos, seja nas lavouras, obras e vias públicas, casas ou outras benfeitorias. É difícil que as pessoas entendam, após algumas semanas, que a estrada ou a rua ainda não foi arrumada. A estrutura para isso é limitada, os recursos são escassos e a crise que atravessa o país faz com que a escassez de dinheiro à disposição das pessoas, empresas e municípios seja um limitador a gastos adicionais nos orçamentos.
O município de Paranavaí tem uma malha asfáltica de parte da cidade muito antiga e que desde o início dos anos 90 não recebia uma manutenção adequada, seja pela falta de recursos agravada quando da extinção do SERPAVI ou por ter optado, na maioria das suas licitações, pelo denominado "asfalto a frio" de custo menor e durabilidade idem.
Esta realidade mudou, principalmente depois de 2010, quando da aquisição da usina móvel de micropavimento e a exigência de novos loteamentos utilizarem o CBUQ ou "asfalto a quente", que foi estendido aos investimentos feitos pelo município nas novas obras de infraestrutura.
De lá para cá conseguimos pavimentar mais de 85 quilômetros de ruas e fazer mais de 170 km de calçadas no maior programa de obras de pavimentação e mobilidade feito na história da cidade.
Este tipo de pavimento tem especificações utilizadas em rodovias e uma expectativa de durabilidade maior, podendo atingir 30 anos.
Costumo dizer que serei o último prefeito a ter que lidar de forma tão agressiva com a pavimentação. Os que me sucederem, se tiverem o capricho de continuar o programa de manutenção que estamos fazendo, nunca mais viverão o que passamos em um passado recente, de triste memória, onde a grande maioria das ruas da cidade tinham problemas de manutenção, seja pela falta do pavimento ou má conservação do mesmo.