OMS vê situação “alarmante” na transmissão do vírus da zika
A OMS (Organização Mundial de Saúde) vê com preocupação o aumento no número de casos de contaminação pelo vírus da zika e com o aumento das evidências da relação entre o vírus, má-formação fetal e problemas neurológicos.
"Casos de zika foram relatados em todas as regiões do mundo. (…) Foram encontrados traços do vírus no líquido amniótico. Evidências apontam que o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto. Podemos concluir que esse vírus é neurotrópico [relativo ao sistema nervoso], atingindo preferencialmente tecidos do cérebro e do tronco encefálico do feto", disse nesta terça-feira (8) a diretora da OMS, Margareth Chan.
A declaração foi feita após o primeiro dia da reunião do Comitê de Emergência para o vírus da zika. A primeira reunião grupo de especialistas foi realizada no dia 1° de fevereiro deste ano.
Durante a entrevista coletiva ao término da reunião com especialistas, tanto Chan quanto David Heymann, presidente do comitê, procuraram manter o tom de cautela. Ambos disseram, porém, que a situação do vírus é "alarmante".
A OMS mantém a recomendação de aconselhar as mulheres grávidas a evitarem áreas de foco da epidemia. Questionado se gestantes deveriam evitar viagens ao Brasil, Heymann enfatizou que "todos países" devem orientar os turistas e a população sobre os riscos e sobre as zonas de epidemia. "Com base nessas informações, grávidas devem decidir sozinhas se pretendem [viajar para o Brasil] ou não", afirmou.
O mesmo conselho, diz a OMS, vale para a decisão sobre engravidar em áreas de alta incidência de contaminação pelo vírus da zika.
PROVA DEFINITIVA – De acordo com Margareth Chan, o comitê de especialistas ressaltou que existe uma "forte evidência" entre a contaminação pelo vírus da zika e problemas neurológicos, mas ainda não há uma "prova definitiva".
Atualmente, casos de microcefalia associados ao vírus da zika foram registrados apenas no Brasil e na Polinésia Francesa. Mas, segundo a OMS, "um monitoramento intensivo" tem sido feito em vários países, como a Colômbia. "A situação que vemos no Brasil hoje poderá acontecer nos próximos meses na Colômbia. Isso é alarmante".
O grupo de especialistas reunido pela OMS deverá se encontrar dentro de três meses e a expectativa é que, até a data, novos estudos tragam dados mais conclusivos sobre a associação entre a zika e a microcefalia, por exemplo. Heymann afirmou que é muito difícil ter uma confirmação da relação de causa e efeito nesse intervalo.
A OMS afirma, no entanto, que "ações de saúde pública não devem esperar pela prova científica definitiva".
"Casos de zika foram relatados em todas as regiões do mundo. (…) Foram encontrados traços do vírus no líquido amniótico. Evidências apontam que o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto. Podemos concluir que esse vírus é neurotrópico [relativo ao sistema nervoso], atingindo preferencialmente tecidos do cérebro e do tronco encefálico do feto", disse nesta terça-feira (8) a diretora da OMS, Margareth Chan.
A declaração foi feita após o primeiro dia da reunião do Comitê de Emergência para o vírus da zika. A primeira reunião grupo de especialistas foi realizada no dia 1° de fevereiro deste ano.
Durante a entrevista coletiva ao término da reunião com especialistas, tanto Chan quanto David Heymann, presidente do comitê, procuraram manter o tom de cautela. Ambos disseram, porém, que a situação do vírus é "alarmante".
A OMS mantém a recomendação de aconselhar as mulheres grávidas a evitarem áreas de foco da epidemia. Questionado se gestantes deveriam evitar viagens ao Brasil, Heymann enfatizou que "todos países" devem orientar os turistas e a população sobre os riscos e sobre as zonas de epidemia. "Com base nessas informações, grávidas devem decidir sozinhas se pretendem [viajar para o Brasil] ou não", afirmou.
O mesmo conselho, diz a OMS, vale para a decisão sobre engravidar em áreas de alta incidência de contaminação pelo vírus da zika.
PROVA DEFINITIVA – De acordo com Margareth Chan, o comitê de especialistas ressaltou que existe uma "forte evidência" entre a contaminação pelo vírus da zika e problemas neurológicos, mas ainda não há uma "prova definitiva".
Atualmente, casos de microcefalia associados ao vírus da zika foram registrados apenas no Brasil e na Polinésia Francesa. Mas, segundo a OMS, "um monitoramento intensivo" tem sido feito em vários países, como a Colômbia. "A situação que vemos no Brasil hoje poderá acontecer nos próximos meses na Colômbia. Isso é alarmante".
O grupo de especialistas reunido pela OMS deverá se encontrar dentro de três meses e a expectativa é que, até a data, novos estudos tragam dados mais conclusivos sobre a associação entre a zika e a microcefalia, por exemplo. Heymann afirmou que é muito difícil ter uma confirmação da relação de causa e efeito nesse intervalo.
A OMS afirma, no entanto, que "ações de saúde pública não devem esperar pela prova científica definitiva".