Operação Lava Jato é “complicador” para a economia, diz presidente da CNI
"Realmente essa Operação Lava Jato é um complicador para a economia, porque tem as grandes empresas, as empreiteiras envolvidas", afirmou nesta terça-feira (16) durante evento na sede da entidade, em Brasília.
"Nossa posição é que os fatos têm de ser apurados, o que se comprovar como desvio de conduta tem de ser penalizado. Mas [é preciso] encontrar soluções para que as empresas continuem trabalhando", disse.
CONTINUAÇÃO – Ele afirmou que as grandes obras e os investimentos precisam continuar e os empreendimentos em curso têm de ser finalizados. Disse ainda que deve ser levado em consideração o grande número de trabalhadores atualmente empregados nas empreiteiras.
"Tem muita tecnologia. São muitos anos trabalhando com grandes obras", disse.
Segundo a CNI, a indústria deve fechar o ano com retração de 1,5%, enquanto a economia brasileira deve ficar estagnada, com alta de apenas 0,3%.
Para 2015, a previsão é de expansão de 1% no PIB industrial e na economia do país como um todo. Tal avanço, de acordo com a entidade, dependerá do sucesso do ajuste fiscal promovido pela nova equipe econômica de Dilma Rousseff.
Indústria quer preço do dólar “mais perto” de R$ 3
A desvalorização do real frente ao dólar é vista com bons olhos pelos exportadores. Mas, na visão da CNI (Confederação Nacional da Indústria), para dar competitividade ao setor, o ideal é que o dólar fique ainda mais caro.
"As reformas necessárias vão levar ainda muitos anos. Então o que pode fazer com que tenhamos competitividade [no curto prazo]? Câmbio e juros. O dólar deveria estar hoje mais perto de R$ 3 do que de R$ 2,70", afirmou Robson Andrade, presidente da CNI, nesta terça-feira (16).
Ele afirmou, contudo, que é preciso um câmbio estável.
Segundo Andrade, para que a indústria nacional tenha condições de competir, será preciso promover a reforma tributária, a melhoraria a infraestrutura do país e desburocratizar o comércio exterior.