Organizador de arrancada de carros defende a realização do evento

Estava marcado para o último domingo, em Paranavaí, o Hot Festival, com apresentações de arrancada de carros e competição de motocicletas. No entanto, acatando uma recomendação do Ministério Público, a administração municipal não autorizou a realização do evento, que teve de ser cancelado.
Na edição do Diário do Noroeste de domingo, apresentamos a justificativa da Federação Paranaense de Automobilismo com trechos da nota de esclarecimento enviada pelo vice-presidente Bento Tino Cesca (“Por orientação do MP, competição de arrancada não é autorizada em Paranavaí”). Na ocasião, o promotor do evento não foi encontrado pela reportagem do DN, mas ele esteve ontem na Redação do jornal para esclarecer a situação.
José Roberto Bucci afirmou que obteve autorização do Corpo de Bombeiros para o evento. Os itens de segurança previstos no projeto, disse, atendiam as exigências mínimas para a liberação do alvará que garantiria a realização do Hot Festival.
Bucci destacou que não anunciaria um evento que não atendesse as determinações da lei, justificando que a publicidade tem custos, do mesmo modo que convidar os pilotos para participarem do Hot Festival. “Tive mais de R$ 8.000 de prejuízo”, enfatizou.
Os investimentos feitos pelo organizador da arrancada de carros incluem taxas para a liberação do evento e custos com seguros contra acidentes.
Além de frustrar a expectativa do público, a não realização do Hot Festival resultou em outras perdas, segundo apontou Bucci. “Pessoas de outras cidades viriam para Paranavaí. Um evento como este promove o turismo e faz com que as pessoas gastem aqui em nossa cidade. Estamos deixando de ganhar”, disse Bucci.
Ele disse que pretende pedir o ressarcimento pelos prejuízos que garante ter levado, e garantiu que tentará, de todas as formas legais, conseguir uma nova data para realizar o Hot Festival.