Paciente morre após ter aparelho que o mantinha vivo desligado por engano
Um paciente de 38 anos com doença degenerativa que estava internado em um hospital de Curitiba morreu após uma auxiliar de enfermagem desligar, por engano, o aparelho que o mantinha vivo.
João Carlos Siqueira Rodrigues estava ligado ao respirador havia quatro anos.
Ele morreu na manhã de 28 de agosto. O Hospital Evangélico abriu sindicância interna e divulgou anteontem que o erro foi da funcionária.
A mãe do paciente, Elza Siqueira Rodrigues, 68, sofreu um infarto agudo após saber da notícia e também morreu. Mãe e filho foram velados e enterrados no mesmo dia.
Rodrigues tinha polirradiculoneuropatia, uma doença degenerativa e incurável que limita progressivamente os movimentos. Apesar disso, estava consciente, conversava e escreveu um livro sobre suas experiências no hospital, lançado no ano passado.
A auxiliar de enfermagem, que não teve o nome divulgado, havia recebido a ordem de desligar a bomba de infusão (usada para ministrar medicamentos ou nutrientes pela veia ou pelo esôfago), mas desconectou o respirador.
A funcionária foi demitida, segundo o hospital.
O caso é investigado pela polícia, que pode indiciar a funcionária sob suspeita de homicídio culposo. O Ministério Público não descarta denunciar também o hospital.
A família de Rodrigues planeja processar a entidade. "Foram duas vidas. É imperdoável", diz Noeli Rodrigues, irmã de João.
O Hospital Evangélico declarou, em nota, "lamentar" o fato e disse ter tomado "todas as providências" para apurar o ocorrido.
No tempo em que morou no hospital, Rodrigues noivou e casou. No livro que escreveu, dizia ser um "caçador de lembranças" – título da obra.
Uma vez por dia, saía à rua em frente ao hospital e olhava o movimento. "Às vezes eu cubro os meus olhos e vou pra bem longe daqui. Sinto o cheiro dos campos, aquela brisa do vento. Muitas vezes eu até me sinto voando", escreveu.
João Carlos Siqueira Rodrigues estava ligado ao respirador havia quatro anos.
Ele morreu na manhã de 28 de agosto. O Hospital Evangélico abriu sindicância interna e divulgou anteontem que o erro foi da funcionária.
A mãe do paciente, Elza Siqueira Rodrigues, 68, sofreu um infarto agudo após saber da notícia e também morreu. Mãe e filho foram velados e enterrados no mesmo dia.
Rodrigues tinha polirradiculoneuropatia, uma doença degenerativa e incurável que limita progressivamente os movimentos. Apesar disso, estava consciente, conversava e escreveu um livro sobre suas experiências no hospital, lançado no ano passado.
A auxiliar de enfermagem, que não teve o nome divulgado, havia recebido a ordem de desligar a bomba de infusão (usada para ministrar medicamentos ou nutrientes pela veia ou pelo esôfago), mas desconectou o respirador.
A funcionária foi demitida, segundo o hospital.
O caso é investigado pela polícia, que pode indiciar a funcionária sob suspeita de homicídio culposo. O Ministério Público não descarta denunciar também o hospital.
A família de Rodrigues planeja processar a entidade. "Foram duas vidas. É imperdoável", diz Noeli Rodrigues, irmã de João.
O Hospital Evangélico declarou, em nota, "lamentar" o fato e disse ter tomado "todas as providências" para apurar o ocorrido.
No tempo em que morou no hospital, Rodrigues noivou e casou. No livro que escreveu, dizia ser um "caçador de lembranças" – título da obra.
Uma vez por dia, saía à rua em frente ao hospital e olhava o movimento. "Às vezes eu cubro os meus olhos e vou pra bem longe daqui. Sinto o cheiro dos campos, aquela brisa do vento. Muitas vezes eu até me sinto voando", escreveu.