Palestra aborda doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
Diante da situação climática de alta temperatura com ocorrência de chuvas, aumenta a possibilidade de proliferação do Mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. Para fazer frente a esta realidade, foi realizada como estratégia uma reunião técnica na Aciap – Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí.
O encontro de trabalho, no dia 26 de outubro, foi coordenado pelo médico do Centro Estadual de Vigilância Ambiental da Sesa – Secretaria de Estado da Saúde – Enéas Cordeiro de Souza Filho.
Participaram do evento 86 profissionais médicos, enfermeiros e técnicos da Vigilância Epidemiológica de 23 municípios da 14ª Regional de Saúde. O foco do debate foi o conteúdo de nota técnica sobre o tema emitida pela Sesa.
A 14ª Regional de Saúde possui 2.823 casos notificados neste ano, sendo 492 positivos. Como explica Nilce Casado, da Seção de Vigilância Sanitária Ambiental e Saúde do Trabalhador, Santa Isabel do Ivaí, São Carlos do Ivaí, Tamboara e Paranavaí tiveram casos positivos recentes. No caso de Paranavaí, constatado dia 18 de outubro, no Jardim Santos Dumont.
DOENÇA GRAVE – A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e da região Noroeste do Paraná. É uma doença grave que causa grande debilidade física por semanas podendo levar a óbito.
Ela se manifesta através da picada do mosquito Aedes aegypti, que encontrou no meio urbano condições favoráveis para uma rápida expansão, devido às condições de deficiência de limpeza e organização do ambiente, armazenamento e intensa utilização de materiais recicláveis e não-biodegradáveis.
Há necessidade de fomentar mudanças de comportamento da população, para a adoção de medidas preventivas e de mecanismos que contribuam efetivamente na redução do número de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, inclusive dos proprietários dos terrenos baldios.
Deve-se adotar a prática de pelo menos uma vez por semana, percorrer o entorno do imóvel para observação da existência de recipientes que possam armazenar água e eliminá-los ou monitorar para evitar a manutenção do volume de água que possam proliferar os mosquitos. Observar e limpar as calhas, proteger os suspiros de fossas, etc.
O serviço público deve implantar ações de rotina para a eliminação de reservatórios referentes às vias públicas (resíduos, entulhos, podas de árvores), bueiros, galerias de águas pluviais e ambientes dos prédios públicos.
No caso da dengue, deve-se ficar atento aos sintomas. Paciente com febre aguda, com duração máxima de 07 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor nos olhos, dor muscular, dores pelo corpo, prostração (cansaço), vermelhidão no corpo, coceira, dentre outros.
ZIKA E CHIKUNGUNYA
Além da Dengue, o Aedes aegypti transmite ainda outras doenças, como a Febre do Zika e Febre da Chikungunya. Os sintomas são parecidos inicialmente, por isso é muito importante a procura de assistência médica, porque aparenta ser uma doença banal, porém elas podem desencadear sérias consequências, tais como: Microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika, Síndrome de Guillain Barré (doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular). Essas doenças podem matar.
TESTE RÁPIDO DE DENGUE
A Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS, disponibiliza o Teste Rápido de Dengue – TR Dengue – que tem como finalidade: Acelerar a identificação dos primeiros casos suspeitos, em tempo oportuno, a fim de possibilitar ações de controle; Evidenciar a circulação/transmissão do vírus da Dengue em determinada localidade; Confirmar precocemente os primeiros casos notificados de Dengue; Identificar período pré-epidêmico com o início da ocorrência de transmissão de Dengue, observado pelo aumento de notificações no Sistema Nacional de Notificação – SINAN. (com informações da Secretaria de Estado da Saúde)