Palestrante destaca importância de acompanhar implantação das metas
Acompanhar e efetivamente cobrar a aplicação das metas para a saúde pública, definidas pela população através da Conferência. Essa foi uma das mensagens deixadas pelo procurador de Justiça Marco Antônio Teixeira, coordenador das promotorias de Defesa da Saúde do Paraná, palestrante da abertura da Conferência Municipal de Saúde de Paranavaí, anteontem à noite.
Evento na Unipar contou com participação de autoridades e lideranças, profissionais do setor e usuários do SUS – Sistema Único de Saúde.
Ao falar da importância de acompanhar a implantação do que ficou decidido, o procurador relembrou o conjunto de prioridades, definido há dois anos, igualmente em conferência. De forma didática, trabalhou o papel de cada cidadão na construção da saúde pública.
A partir do conteúdo da palestra como reflexão, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Paranavaí, advogado Waldur Trentini, aproveitou para destacar avanços conquistados com base na conferência de 2013, bem como itens que gostaria de ver funcionando na prática em saúde pública da cidade.
Como lembrou, o cumprimento do horário de trabalho por parte dos profissionais de saúde constou no elenco das reivindicações. Com base nisso, o Conselho cobrou a efetivação e continua trabalhando para o seu efetivo cumprimento.
Trentini entende que ainda há dificuldades para registro do ponto digital e muitas coisas são anotadas com caneta. Isso abre brechas para falhas no sistema. Tanto que recentemente o Conselho constatou que um profissional havia assinado o ponto e não estava no local de trabalho.
Outro tema que está em fase e encaminhamento é o grande número de cirurgias, exames e consultas pendentes. Segundo dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde são 11.731 pendências (fevereiro de 2015). A preocupação do Conselho levou ao recadastramento por parte do município, recorda.
O problema, enfatiza, foi que o recadastramento não teria mostrado o tamanho da “fila”. O município aponta pedidos em duplicidade, pessoas que já teriam feito o procedimento por outras vias e ainda quem não teria mais interesse.
Ele aproveita para demonstrar expectativa no mutirão marcado para julho visando reduzir a fila das cirurgias. Esse trabalho seria inicialmente realizado em maio. “Reduzir a fila é um anseio da população”, insiste.
Durante a abertura da Conferência, o prefeito Rogério Lorenzetti expôs números que tornam ainda mais complicada a compreensão da fila. 90% dos exames têm resultado negativo. Na média, Paranavaí tem 280% a mais de solicitações de exames em relação a média nacional.
A promotora de Saúde Pública de Paranavaí, Susy Mara de Oliveira, ressaltou a postura do Conselho Atual, entre outros tópicos. Ela foi uma das autoridades que fizeram pronunciamentos na abertura oficial da Conferência, antecedendo a palestra do primeiro dia do evento.
O secretário de Saúde, Agamenon Arruda de Souza, falou do que considera avanços na saúde local. Pediu que as pessoas comparem a situação paranavaiense com vários locais do Brasil. Segundo ele, a realidade local é mais favorável.
FALTA INTEGRAÇÃO – Um problema não solucionado ao longo dos anos é a falta de integração entre Estado e Município. Trentini analisa que todos os servidores fazem parte do Sistema Único e, portanto, deveriam solucionar o problema para o paciente e não transferi-lo, com cada profissional se limitando a sua função.
Sobre a conferência o presidente vê como boa a participação popular. Mas, ressalva que ela deveria ser ótima, levando em conta a importância deste instrumento público de saúde.
Citando o palestrante (procurador Marco Antonio), lembra que as pessoas pertencem ao SUS. Porém, ao mesmo tempo, o SUS pertence ao povo. Finaliza lembrando que a crítica é o exercício pleno da cidadania.
ELEIÇÃO – A 12ª Conferência Municipal de Saúde marca também a eleição da nova composição do Conselho. Para ontem à tarde estava prevista a escolha das entidades que terão acento no Conselho. Elas indicarão os nomes em 30 dias, explica Waldur Trentini, que não deve permanecer no Conselho.
Ele entende que encerrou a missão e volta a militar na entidade que ajudou a criar – ABRACCE. O advogado também deve manter os atendimentos gratuitos à população na Pastoral da Saúde, quando faz esclarecimentos em relação ao acesso aos serviços.
Ainda avaliando a gestão de pouco mais de um ano e meio, Trentini lamenta a relação nem sempre tranquila com Poder Público. Lembra que teve que fazer reuniões em locais precários, incluindo calçadas e garagens. Também a verba para manutenção não foi repassada, dificultando o trabalho. Ele diz que custeou as viagens que precisou fazer.
Evento na Unipar contou com participação de autoridades e lideranças, profissionais do setor e usuários do SUS – Sistema Único de Saúde.
Ao falar da importância de acompanhar a implantação do que ficou decidido, o procurador relembrou o conjunto de prioridades, definido há dois anos, igualmente em conferência. De forma didática, trabalhou o papel de cada cidadão na construção da saúde pública.
A partir do conteúdo da palestra como reflexão, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Paranavaí, advogado Waldur Trentini, aproveitou para destacar avanços conquistados com base na conferência de 2013, bem como itens que gostaria de ver funcionando na prática em saúde pública da cidade.
Como lembrou, o cumprimento do horário de trabalho por parte dos profissionais de saúde constou no elenco das reivindicações. Com base nisso, o Conselho cobrou a efetivação e continua trabalhando para o seu efetivo cumprimento.
Trentini entende que ainda há dificuldades para registro do ponto digital e muitas coisas são anotadas com caneta. Isso abre brechas para falhas no sistema. Tanto que recentemente o Conselho constatou que um profissional havia assinado o ponto e não estava no local de trabalho.
Outro tema que está em fase e encaminhamento é o grande número de cirurgias, exames e consultas pendentes. Segundo dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde são 11.731 pendências (fevereiro de 2015). A preocupação do Conselho levou ao recadastramento por parte do município, recorda.
O problema, enfatiza, foi que o recadastramento não teria mostrado o tamanho da “fila”. O município aponta pedidos em duplicidade, pessoas que já teriam feito o procedimento por outras vias e ainda quem não teria mais interesse.
Ele aproveita para demonstrar expectativa no mutirão marcado para julho visando reduzir a fila das cirurgias. Esse trabalho seria inicialmente realizado em maio. “Reduzir a fila é um anseio da população”, insiste.
Durante a abertura da Conferência, o prefeito Rogério Lorenzetti expôs números que tornam ainda mais complicada a compreensão da fila. 90% dos exames têm resultado negativo. Na média, Paranavaí tem 280% a mais de solicitações de exames em relação a média nacional.
A promotora de Saúde Pública de Paranavaí, Susy Mara de Oliveira, ressaltou a postura do Conselho Atual, entre outros tópicos. Ela foi uma das autoridades que fizeram pronunciamentos na abertura oficial da Conferência, antecedendo a palestra do primeiro dia do evento.
O secretário de Saúde, Agamenon Arruda de Souza, falou do que considera avanços na saúde local. Pediu que as pessoas comparem a situação paranavaiense com vários locais do Brasil. Segundo ele, a realidade local é mais favorável.
FALTA INTEGRAÇÃO – Um problema não solucionado ao longo dos anos é a falta de integração entre Estado e Município. Trentini analisa que todos os servidores fazem parte do Sistema Único e, portanto, deveriam solucionar o problema para o paciente e não transferi-lo, com cada profissional se limitando a sua função.
Sobre a conferência o presidente vê como boa a participação popular. Mas, ressalva que ela deveria ser ótima, levando em conta a importância deste instrumento público de saúde.
Citando o palestrante (procurador Marco Antonio), lembra que as pessoas pertencem ao SUS. Porém, ao mesmo tempo, o SUS pertence ao povo. Finaliza lembrando que a crítica é o exercício pleno da cidadania.
ELEIÇÃO – A 12ª Conferência Municipal de Saúde marca também a eleição da nova composição do Conselho. Para ontem à tarde estava prevista a escolha das entidades que terão acento no Conselho. Elas indicarão os nomes em 30 dias, explica Waldur Trentini, que não deve permanecer no Conselho.
Ele entende que encerrou a missão e volta a militar na entidade que ajudou a criar – ABRACCE. O advogado também deve manter os atendimentos gratuitos à população na Pastoral da Saúde, quando faz esclarecimentos em relação ao acesso aos serviços.
Ainda avaliando a gestão de pouco mais de um ano e meio, Trentini lamenta a relação nem sempre tranquila com Poder Público. Lembra que teve que fazer reuniões em locais precários, incluindo calçadas e garagens. Também a verba para manutenção não foi repassada, dificultando o trabalho. Ele diz que custeou as viagens que precisou fazer.