Para Cunha, redução de ministérios é “sinal positivo”, mas “fica devendo”

SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem que a redução do número de ministérios do governo federal é um "sinal positivo" por parte do Executivo, mas que o ideal seria que o Congresso aprovasse projeto de lei de sua autoria que determina o corte de 19 pastas.
Após participar de reuniões na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre o Pacto Federativo, Cunha falou sobre o tema. "É uma disposição positiva [do governo federal], nós temos que dar sinal para a sociedade de economia, mesmo que o valor monetário da economia não seja um valor relevante", afirmou.
O peemedebista, oficialmente em oposição ao governo, ponderou no entanto que o corte deveria ter sido maior, ao citar proposta sua que tramita na Câmara." Se vão reduzir dez, nós vamos ficar devendo nove para a minha proposta", disse.
O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) anunciou ontem que a presidente Dilma Rousseff autorizou cortar 10 de seus 39 ministérios até setembro, além de reduzir o número de secretarias e cargos comissionados da União.
Ao explicar por que considera bom o corte, mesmo discordando de sua extensão, Cunha desenvolveu o raciocínio: "São menos dez ministros para pegar avião da FAB, menos dez chefes de gabinete, menos dez carros com motoristas, menos dez assessores de sei lá do quê, menos cargos de comissão. Consequentemente, é um sinal positivo para a gente mostrar que o governo está preocupado também em economizar recursos públicos", completou.