Para Dilma, “terceiro turno” não é motivo para impeachment
BRASÍLIA (FOLHAPRESS) – Após ter sido xingada e vaiada com panelaços e buzinaços na noite de domingo enquanto fazia um pronunciamento na televisão e no rádio pelo Dia da Mulher, a presidente Dilma Rousseff pediu que o país tenha estabilidade e minimizou as críticas, ontem, ao defender o direito de qualquer cidadão de se manifestar.
Dilma, no entanto, afirmou que os protestos não podem ser violentos e disse que um "terceiro turno" não é motivo para um pedido de impeachment do seu mandato, o que causaria uma "ruptura democrática" no país.
"Acredito que o Brasil tem uma característica que eu julgo muito importante e todos nós temos que valorizar que é o fato de que aqui as pessoas podem se manifestar, tem espaço para isso e tem direito a isso. Chegamos à democracia e temos de conviver com a diferença. O que não podemos aceitar é a violência. Mas manifestações pacíficas são da regra democrática", afirmou após a cerimônia no Palácio do Planalto em que sancionou a lei que torna o feminicídio crime hediondo.
Durante o pronunciamento, houve buzinaço, panelaço e vaias em alguns bairros de ao menos 12 capitais: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas e xingavam a presidente, enquanto piscavam as luzes dos apartamentos. "Não acredito que brasileiros são a favor do quanto pior, melhor. Os que são a favor do quanto pior, melhor, não tem compromisso com o país", disse.
Questionada se considerava o movimento que pede seu impeachment também legítimo, a presidente afirmou que neste caso, a diferença é de conteúdo. "Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer a não ser que se queira uma ruptura democrática", disse.
Dilma também afirmou que as manifestações convocadas pela oposição para o próximo dia 15 em várias cidades do país não têm legitimidade para pedir seu impeachment. "Quem convocar, convoque do jeito que quiser. Ninguém controla o jeito que convoca. Ela [manifestação] vai ter as características que tiver seus convocadores. Agora, ela em si não representa nem a legalidade e nem a legitimidade de pedidos que rompem com a democracia", afirmou.
A petista voltou a defender o seu ajuste fiscal como forma de equilibrar a situação econômica do país. Dilma disse esperar que a economia volte a crescer até o fim do ano. "É muito prudente o país perceber que ele precisa de estabilidade. Ele precisa amainar todas as situações de conflito porque nós estamos enfrentando uma fase aprofundada da crise econômica. […] Vamos ter um esforço agora para sermos compensados depois", disse.
A presidente repetiu o argumento apresentado pelo ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, horas antes da cerimônia. Ambos disseram que países como a China estão tendo taxas de crescimento muito menores do que as registradas em anos anteriores em decorrência da crise econômica internacional e que o Brasil conseguiu ter resultados positivos em comparação com outras nações.
"Na minha fala ontem na televisão, o que eu queria deixar claro é que o Brasil não está vivendo hoje um momento como aquele do passado em que ele quebrava. Ele está passando por um ajuste momentâneo que caminha para a retomada do crescimento econômico. Lutamos para manter emprego e renda e conseguimos. Nos últimos seis anos, enquanto eles desempregavam, nós mantivemos o emprego", afirmou a presidente fazendo referência aos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Dilma, no entanto, afirmou que os protestos não podem ser violentos e disse que um "terceiro turno" não é motivo para um pedido de impeachment do seu mandato, o que causaria uma "ruptura democrática" no país.
"Acredito que o Brasil tem uma característica que eu julgo muito importante e todos nós temos que valorizar que é o fato de que aqui as pessoas podem se manifestar, tem espaço para isso e tem direito a isso. Chegamos à democracia e temos de conviver com a diferença. O que não podemos aceitar é a violência. Mas manifestações pacíficas são da regra democrática", afirmou após a cerimônia no Palácio do Planalto em que sancionou a lei que torna o feminicídio crime hediondo.
Durante o pronunciamento, houve buzinaço, panelaço e vaias em alguns bairros de ao menos 12 capitais: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas e xingavam a presidente, enquanto piscavam as luzes dos apartamentos. "Não acredito que brasileiros são a favor do quanto pior, melhor. Os que são a favor do quanto pior, melhor, não tem compromisso com o país", disse.
Questionada se considerava o movimento que pede seu impeachment também legítimo, a presidente afirmou que neste caso, a diferença é de conteúdo. "Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer a não ser que se queira uma ruptura democrática", disse.
Dilma também afirmou que as manifestações convocadas pela oposição para o próximo dia 15 em várias cidades do país não têm legitimidade para pedir seu impeachment. "Quem convocar, convoque do jeito que quiser. Ninguém controla o jeito que convoca. Ela [manifestação] vai ter as características que tiver seus convocadores. Agora, ela em si não representa nem a legalidade e nem a legitimidade de pedidos que rompem com a democracia", afirmou.
A petista voltou a defender o seu ajuste fiscal como forma de equilibrar a situação econômica do país. Dilma disse esperar que a economia volte a crescer até o fim do ano. "É muito prudente o país perceber que ele precisa de estabilidade. Ele precisa amainar todas as situações de conflito porque nós estamos enfrentando uma fase aprofundada da crise econômica. […] Vamos ter um esforço agora para sermos compensados depois", disse.
A presidente repetiu o argumento apresentado pelo ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, horas antes da cerimônia. Ambos disseram que países como a China estão tendo taxas de crescimento muito menores do que as registradas em anos anteriores em decorrência da crise econômica internacional e que o Brasil conseguiu ter resultados positivos em comparação com outras nações.
"Na minha fala ontem na televisão, o que eu queria deixar claro é que o Brasil não está vivendo hoje um momento como aquele do passado em que ele quebrava. Ele está passando por um ajuste momentâneo que caminha para a retomada do crescimento econômico. Lutamos para manter emprego e renda e conseguimos. Nos últimos seis anos, enquanto eles desempregavam, nós mantivemos o emprego", afirmou a presidente fazendo referência aos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.