Para não fechar o PA, vereador sugere corte de “despesas desnecessárias”

Se a Prefeitura de Paranavaí estuda a possibilidade de fechar o Pronto Atendimento (PA) Municipal, há quem defenda a manutenção integral dos serviços prestados à comunidade. É o caso do vereador Roberto Cauneto Picoreli, que argumentou: “O problema é reduzir custos? Então, sugiro o corte de despesas desnecessárias”.
A polêmica teve início na segunda-feira, quando cinco vereadores votaram contra o projeto de lei do Poder Executivo, que previa a mudança na escala de plantões noturnos dos servidores do PA. Eles têm direito a 60 horas de folga para cada 12 trabalhadas de forma ininterrupta, mas o texto propunha 30 horas de descanso.
Com o projeto rejeitado pela Câmara de Vereadores, a Administração Municipal apontou algumas possibilidades para conter os gastos com folha de pagamento. Entre elas, fechar definitivamente o PA ou diminuir o horário de atendimento à população.
Na tarde de ontem, o DN tentou contato com os vereadores que se posicionaram contra a mudança na escala de plantões, a saber: Claudemir Barini, Antônio Alves da Silveira, Aldrey Azevedo, Leonildo Martins e Roberto Cauneto Picoreli. O objetivo era conhecer a opinião deles sobre as hipóteses apontadas pela Prefeitura de Paranavaí.
O único que conversou com o Diário do Noroeste foi Picoreli. Categórico na defesa dos servidores, ele disse que para resolver os problemas financeiros da Administração Municipal é necessário diminuir a quantidade de servidores ocupando cargos comissionados. Também defendeu a redução de 19 para 10 secretarias municipais.
Tais medidas seriam suficientes para que a Prefeitura de Paranavaí conseguisse cumprir toda a folha de pagamento do PA sem qualquer prejuízo para os cofres municipais. “O PA é essencial para a população”, afirmou o vereador, que voltou a discursar em favor da criação do Hospital Municipal.