Para vencer “zona de turbulência”, prefeito determina corte de despesas

A Prefeitura de Paranavaí passa por momentos de turbulência, afirmou ontem o prefeito Rogério Lorenzetti e por isso determinou controle rigoroso das despesas. Ele fez a declaração durante reunião com o secretariado, que teve a presença também do vice-prefeito Rubens Felippe.
“Até o final da gestão iremos nos deparar com alguns momentos de turbulência e essa, agora, é uma zona de turbulência que teremos que enfrentar até dezembro. O momento financeiro do município não é bom, mas com experiência e boa gestão nós vamos superar”, declarou o prefeito Rogério Lorenzetti, ontem.
Lorenzetti determinou à sua equipe controle absoluto das despesas nos próximos meses e entregou a cada um dos secretários a minuta de um decreto com medidas no sentido de controlar os recursos livres da Prefeitura a fim de equilibrar as contas públicas. O decreto deve ser assinado na próxima semana, o que dará aos secretários tempo suficiente para estudar cortes e contenções.
“O segundo semestre geralmente é sempre uma época de arrocho. E neste ano, infelizmente, tivemos uma epidemia de dengue que provocou gastos extras e a queda do Fundo de Participação dos Municípios que acabaram complicando ainda mais a nossa situação financeira”, detalhou o prefeito.
Lorenzetti deixou claro que, apesar dos cortes, nenhum serviço essencial e obras em andamento deverão ser prejudicados.
“Alguns municípios já adotaram meio expediente e exoneraram alguns funcionários. A nossa preocupação é com a população. Não queremos que ela seja prejudicada, assim como não pretendemos parar as obras que estão em andamento. O que não podemos neste momento é iniciar novos investimentos. Se entrarmos no limite prudencial a cidade toda vai perder”, afirmou.

R$ 5 MILHÕES A MENOS
Durante a reunião, a contadora da Secretaria Municipal de Fazenda, Vanusa Arribard, apresentou um levantamento que apontou uma “frustração” na estimativa de arrecadação do município de mais de R$ 5,5 milhões entre janeiro e agosto deste ano. Segundo os dados, o município tinha uma previsão de arrecadação (somando as transferências constitucionais e os tributos municipais) de R$ 40,5 milhões para o período, mas arrecadou apenas R$ 35 milhões. O principal motivo para a chamada frustração foi a queda do FPM.