Paralisação dos caminhoneiros compromete produção e vendas em diferentes empresas

A paralisação dos caminhoneiros chega hoje ao quinto dia. Desde segunda-feira, os bloqueios de estradas se espalharam por todo o país, num protesto contra os frequentes reajustes no preço do óleo diesel. Em Paranavaí, o ponto principal fica na BR-376, próximo ao principal trevo de acesso à cidade.
Com os caminhões parados nas rodovias, estoques de diferentes produtos não estão chegando para o abastecimento, refletindo diretamente na oferta de bens de consumo para a população. Na tarde de quarta-feira (23), por exemplo, vários postos de combustíveis fecharam as bombas por estarem vazias.
Revendedoras de botijões de gás de Paranavaí também já sentiram os efeitos da paralisação dos motoristas. Em alguns estabelecimentos da cidade, os produtos esgotaram na tarde de quarta-feira. Outras empresas ainda tinham algumas unidades para venda até ontem, mas terminaram.
A situação não é diferente na indústria. Sem ter como transportar os sucos produzidos nos últimos dias e, portanto, estocar novos itens, a fábrica de Gilberto Pratinha passou a funcionar com apenas 50% da capacidade na terça-feira. A partir de hoje, estará totalmente parada. Outro problema apontado pelo empresário é a falta de óleo diesel para alimentar os geradores de energia.
De acordo com Pratinha, são 1.050 funcionários parados nas fábricas e na produção agrícola. Outros 720 trabalhadores que atuam na venda do suco também estão parando gradativamente.
Apesar do prejuízo de R$ 200 mil por dia, Pratinha defendeu a paralisação dos caminhoneiros. “Estão certos e fizeram essa greve de forma muito bem orquestrada”. Segundo ele, os altos preços do óleo diesel e o índice elevado de encargos resultam em prejuízos muito maiores.
MANIFESTAÇÃO – Na tarde de ontem, caminhoneiros percorreram algumas ruas e avenidas de Paranavaí. Foram acompanhados por carros de passeio e veículos utilitários, em manifestação de apoio à paralisação iniciada na segunda-feira (21).