Paraná adota vazio sanitário da soja para evitar proliferação da ferrugem asiática
CURITIBA – O Paraná iniciou em 15 de junho o período do vazio sanitário da soja, medida que busca proteger a lavoura da ferrugem asiática.
Por 90 dias, até 15 de setembro, os produtores não podem cultivar o grão ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento, conforme determina a portaria 109/15 da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
Outros quatro estados brasileiros (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia) também adotaram a medida, já que o fungo pode provocar perdas de 100% da produção.
O gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Marcílio Martins Araújo, explicou que a medida retarda o aparecimento dos primeiros focos da ferrugem asiática na cultura de verão.
“Manter o campo por 90 dias sem a presença de plantas diminui o foco do aparecimento do fungo, retardando o início das aplicações de defensores químicos para o controle da doença na cultura de ciclo normal”, disse.
A partir de 16 de setembro, os produtores já podem iniciar o plantio das lavouras, que segue até 31 de dezembro, período chamado de calendarização do plantio. A calendarização é complementar ao vazio sanitário e busca evitar as aplicações sistemáticas e sucessivas de fungicidas para os focos mais tardios da doença.
Para o gerente da Adapar, medidas como o vazio sanitário e calendarização do plantio ajudam no aumento de produtividade. O Paraná bateu o recorde na colheita de soja na safra 2016-2017, com a produção de 19,5 milhões de toneladas do grão.