Paraná está prestes a restringir entrada de bovinos vacinados contra aftosa

REINALDO SILVA
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proibiu a manutenção, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa em todo o Paraná. A normativa estipulou 31 de outubro como prazo máximo para o fim dessas atividades. Agora, o estado se prepara para a restrição e o controle do ingresso de animais vacinados a partir de 1º de janeiro de 2020.
Significa que desde 1º de novembro deste ano, os pecuaristas paranaenses não podem mais imunizar os rebanhos bovinos e bubalinos. A exceção é para os casos em que a aplicação da vacina seja feita como medida sanitária, mediante autorização prévia. Essa é uma das condições para que o estado seja classificado como área livre de febre aftosa sem vacinação. 
Também é necessário reforçar a fiscalização quanto à entrada de animais de outros estados do Brasil. Por enquanto, apenas Santa Catarina tem a classificação de área livre da doença sem vacinação. Rebanhos das demais localidades terão regras específicas para o ingresso no território paranaense. 
O pecuarista Reinaldo Reis de Cerqueira disse que as especificações sobre o controle da entrada de bovinos e bufalinos no Paraná ainda precisam ser mais bem explicadas. “Ainda não ficou muito claro como vai funcionar.” De acordo com ele, há produtores otimistas e outros temerários quanto às mudanças.
A análise de Cerqueira é que o novo status abrirá novos mercados para a produção pecuária, países com regras sanitárias bastante rigorosas, por exemplo, México, Japão e Estados Unidos, poderão se tornar parceiros comerciais do Paraná. “Quando os outros estados alcançarem o status, nós já estaremos à frente.”