Paraná tem o 6º ataque a ônibus em uma semana

CURITIBA – Dois ônibus foram incendiados na noite de anteontem na região metropolitana de Maringá. É o sexto ataque a ônibus ocorrido em uma semana no Estado.
Embora ainda não haja comprovação de ligação entre os crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que "não descarta nenhuma possibilidade" – nem a de que os incêndios tenham sido provocados por ordem de facções criminosas.
Os ônibus incendiados anteontem pertenciam a uma empresa de transporte coletivo de Maringá. Um deles foi queimado na própria garagem da empresa. O outro foi parado por dois criminosos enquanto transportava passageiros em uma rodovia e, então, incendiado. Ninguém se feriu.
Até agora, segundo os delegados que investigam os crimes, os autores não foram identificados. Os outros cinco ataques foram registrados em Londrina, Arapongas e Curitiba.
PRESOS TRANSFERIDOS – Também nesta semana, 38 presos "de alta periculosidade" do Paraná foram transferidos a penitenciárias federais em Porto Velho (RO) e Mossoró (RN) – de acordo com o governo, para evitar ataques semelhantes aos que ocorreram em Santa Catarina no início do ano.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a ação foi "preventiva" e estava sendo planejada havia 15 dias.
"O crime organizado tem no Brasil todo. A questão é que força tem o crime organizado. No Paraná, nós o estamos neutralizando", afirmou, em entrevista coletiva o secretário da Segurança, Cid Vasques.
MORTE DE AGENTES – Além dos ataques a ônibus, dois agentes penitenciários foram mortos a tiros na última semana e outros dois sofreram atentados, o que fez o governo oferecer escolta aos ônibus que transportam a categoria.
O diretor-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Michelotto, informou que as delegacias que investigam as mortes de agentes e os ataques a ônibus estão com carga de trabalho reforçada.
"Fortalecemos o plantão de algumas delegacias e dos grupos especiais. Eu sempre digo que, em havendo necessidade, ninguém vai para casa", afirmou Michelotto, em entrevista ao programa de rádio "Paraná de Hoje".
O delegado manifestou especial preocupação com relação às execuções dos agentes penitenciários. "Esses marginais com certeza fazem parte de um bando criminoso fortemente preparado. Nós precisamos desse confronto e [precisamos] tirá-los de circulação o mais rápido possível", disse.