Paranavaí retoma debate sobre funcionamento de farmácias à noite
Segundo Soumaille, desde abril deste ano o cidadão paranavaiense não encontra no centro e nos bairros estabelecimento farmacêutico aberto após a meia-noite, mas “o atendimento à saúde é essencial”, avaliou. “Precisamos dar um encaminhamento para esta situação”, justificou. Na opinião do presidente da Câmara, Nivaldo Mazzin, “a população não pode ficar desassistida”.
Proprietário de uma farmácia de Paranavaí, Benedito Scrofani afirmou que a abertura durante a madrugada tornou-se inviável. Ele disse que a contratação de mais funcionários e o pagamento de adicional noturno aumentam os gastos sem que haja retorno financeiro. Além disso, “estarei expondo os funcionários, porque falta segurança”, destacou Scrofani.
Entre as sugestões apresentadas pelos comerciantes, incentivos fiscais e uma parceria entre a administração municipal e a classe empresarial para disponibilizar um farmacêutico que atenda as farmácias da cidade em regime de escala.
Depois de avaliar prós e contras da abertura das farmácias durante as madrugadas, representantes de dois estabelecimentos disseram que existe a intenção de permanecerem de portas abertas mesmo após a meia-noite. Afirmaram que o assunto está sendo discutido pelas empresas, mas que pode ser concretizado.
Além dos vereadores, dos comerciantes e do vice-presidente do CRF-PR, Dennis Armando Bertolini, a reunião teve a participação da secretária municipal de Saúde, Selma Weber, do diretor da Vigilância em Saúde, José Marchi, e da presidente da Associação dos Farmacêuticos do Noroeste Paranaense, Caroline Maris de Andrade Lima.
Vice-presidente do CRF-PR participa de debate sobre plantões em farmácias
O vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), Dennis Armando Bertolini, esteve em Paranavaí na última terça-feira, para participar da reunião que tratou sobre o funcionamento das farmácias durante a madrugada. O convite foi feito pela Câmara de Vereadores.
Ele disse ter estranhado o fato de a maioria dos estabelecimentos ser contrária à abertura após a meia-noite. “Normalmente, as empresas querem abrir à noite”. Quando isso ocorre, explicou, é necessário que haja um responsável técnico, conforme exige a lei. Mas o farmacêutico responsável precisa cumprir os horários determinados pelas leis trabalhistas, sem exceder a jornada de trabalho.
Uma das soluções defendidas por Bertolini foi a organização de uma escala de plantões, envolvendo as farmácias favoráveis à abertura durante a noite toda. “Antes, o número de farmácias era menor, não havia essa agressividade toda. A escala de plantão pode garantir ordenamento: alguns fecham às 21 horas e outros permanecem funcionando”.
Mesmo assim, existe a possibilidade de que grandes redes ofereçam concorrência. De acordo com o vice-presidente do CRF-PR, ainda que uma lei regulamente o plantão de 24 horas, uma liminar pode garantir a abertura de outras farmácias durante a madrugada.