Paranavaí soma 95 casos de dengue em 2014

Paranavaí soma 95 casos de dengue em 2014 e outros 88 exames aguardando resultado. As notificações chegaram a 580 e 325 casos suspeitos foram descartados.
Esses números são mais “favoráveis” se levado em conta que no ano passado foram mais de onze mil notificações positivas. Mas, é muito do ponto epidemiológico. Também são preocupantes os casos em pleno inverno. Os últimos registros da doença são do mês passado.
O diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel, atenta para o fato de que a situação é endêmica, ou seja, acontece o ano todo. Os casos indicam que o vírus está circulando num período em que historicamente não era constatado.
As razões vão desde temperaturas elevadas apesar do inverno e grande número de focos. Todos os dias os agentes encontram entre 4 e 8 focos. Também o mosquito está mais adaptado, sobrevivendo em condições consideradas impossíveis anteriormente (água suja, pouquíssima água, etc.)
Soma-se a esse cenário o descaso das pessoas, que continuam jogando lixo nas ruas e em terrenos baldios, favorecendo o acúmulo de água, condição indispensável para a procriação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
As situações combinadas levam a um prognóstico preocupante para o início do verão, quando as chuvas são ainda mais abundantes e a temperatura mais elevada. Para fazer frente desafio de impedir uma nova epidemia de grandes proporções, a Vigilância vai antecipar algumas medidas.
Fadel confirma a antecipação do LIRA – Levantamento de Índice Rápido – já para o final deste mês. Na sequência virão os arrastões e mutirões por toda a cidade. Essas ações terão por objetivo reduzir a população do mosquito e, com isso, barrar uma nova situação de descontrole.
Além de estimular as ações de controle, a Vigilância promete reprimir quem facilita a proliferação do mosquito. Jogar lixo nas ruas ou em terrenos inadequados é crime contra a saúde pública, adverte Randal Fadel. O crime é passível de prisão e, flagrante e de multas, conforme as legislações municipal, estadual e federal.
A grande circulação de pessoas entre as cidades é outro fator preocupante. Isso porque elas podem levar e trazer o vírus, aumentando a circulação. Há registros de epidemias nas regiões de Maringá, Londrina e Paranavaí, incluindo várias cidades no âmbito da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense).