Paranavaí tem o janeiro mais chuvoso desde 1997
Paranavaí vive neste ano o mês de janeiro mais chuvoso pelo menos desde 1997, quando o monitoramento teve início. É o que mostra o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná). Até ontem foram registrados 364 milímetros de chuva, mais que o dobro da média histórica que é de 161 milímetros. E deve aumentar, pois, conforme o instituto, tem mais chuva prevista para os próximos dias.
Restando ainda 11 dias para o fim do mês, o índice apurado supera o volume verificado em 2005, quando foram 359 milímetros em 31 dias. Janeiro do ano passado teve pouca chuva, totalizando 171 milímetros. O primeiro mês mais seco de um ano foi registrado em 2012, com apenas 5,6 milímetros de chuva.
Para hoje, o Simepar prevê mais chuva no período da tarde, inclusive com trovoadas. Temperatura máxima de 34ºC e mínima de 22ºC.
No domingo, novas pancadas de chuva, desta vez com raios, a partir da tarde, situação que se repete na segunda-feira. O calor continua, batendo os 35ºC. Na terça-feira, haverá trovoadas e pancadas de chuva à tarde e à noite.
EXPLICAÇÃO – Tanta chuva é resultado de uma série de fenômenos meteorológicos. A meteorologista do Simepar Ana Beatriz Porto explica que há uma entrada de ar quente e úmido da Amazônia, combinada com áreas de instabilidade do Paraguai e do Mato Grosso do Sul. Também uma frente de ar frio contribui para a formação de chuvas frequentes, acima da média.
Ela diz ainda que nos próximos dias deve haver algumas mudanças, ficando as condições mais parecidas com o que tradicionalmente acontece durante o verão, especialmente janeiro e fevereiro. Assim, a temperatura deve se manter alta, com pancadas de chuva no final do dia, mas “não tão acima da média”.
DANOS – Nos últimos dias o volume de chuva tem provocado muitos estragos na cidade, especialmente no asfalto. Na última terça-feira, por exemplo, choveu 161 milímetros, deixando alguns veículos parcialmente submersos. Em determinados trechos, a força da enxurrada levou a camada de asfalto, que terá de ser refeita.
A Prefeitura, através da assessoria de imprensa, listou alguns pontos considerados mais críticos, o que inclui a Rua Duque de Caxias, Jardim São Jorge, e Rua do Café, Coloninha do São Jorge. Nesta última via um grande buraco se formou na margem da pista.
Na frente do cemitério central, parte do pavimento foi arrancada pela força da água. A situação já é preocupante na Rua Guaporé, acesso ao Jardim Morumbi, e no Conjunto Habitacional Flávio Ettore Giovine.
Também o Corpo de Bombeiros fez alguns atendimentos. Na maioria dos casos, relatos de alagamentos ou danos no asfalto. Na impossibilidade de uma intervenção, os bombeiros fizeram orientações aos moradores.