Paranavaí terá ações alusivas ao Dia da Não-Violência contra a Mulher
Vinte e cinco de novembro. Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data marca a luta por uma sociedade em que a população feminina não seja vítima de agressões e assassinatos motivados pelo machismo (ideia de superioridade masculina) e pela misoginia (ódio às mulheres).
Em Paranavaí, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e as instituições que integram a rede de proteção às vítimas de violência organizaram atividades alusivas a este dia. A primeira será nesta segunda-feira (26), na Câmara de Vereadores, quando apresentarão ações e políticas públicas voltadas para as mulheres.
Na terça-feira (27), haverá passeata no centro da cidade. A concentração está marcada para 8h30, na Praça dos Pioneiros. Participantes levarão faixas e cartazes para chamar a atenção da comunidade sobre os crescentes índices de violência contra mulheres.
Caminharão pela Rua Getúlio Vargas até a Prefeitura de Paranavaí, onde autoridades farão pronunciamentos sobre o tema. A ideia é reforçar a necessidade de combater a estrutura de agressões contra as mulheres nos mais diferentes âmbitos da sociedade.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, basta avaliar os números registrados pela Delegacia da Mulher de Paranavaí. De janeiro a setembro deste ano foram 760 casos de violência contra mulheres – média de 84 por mês. O número é superior ao do mesmo período de 2017, com 672 boletins de ocorrência – média de 74 por mês.
De acordo com a delegada Fernanda Bertoco Mello, as vítimas de violência são encaminhadas a diversos setores que integram a rede de proteção, “sobretudo ao Núcleo Maria da Penha (Numape), que oferta serviços gratuitos de assistência social, psicológica e jurídica à mulher em situação de violência”.
O Numape é composto por uma equipe multidisciplinar coordenada pela professora Maria Inez Barboza Marques, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Este é o primeiro ano de atuação do grupo, com atendimentos às vítimas de violência doméstica e os resultados têm sido positivos, segundo avaliação da coordenadora.
ORIENTAÇÕES – A delegada da Mulher de Paranavaí explicou o que as vítimas de violência devem fazer, para garantir que o autor da agressão seja punido. As orientações também são no sentido de promover a proteção dessas mulheres.
O primeiro passo é procurar a Delegacia da Mulher para “noticiar o fato mediante registro do boletim de ocorrência”, informou Fernanda Bertoco Mello. Em seguida, será formalizado o pedido de medidas protetivas de urgência.
“Em situações de flagrante delito, o ideal é acionar a Polícia Militar, para que o autor da violência seja conduzido à Delegacia de Polícia e seja efetuada sua prisão em flagrante”, destacou a delegada da Mulher de Paranavaí.