Parque tecnológico promove desenvolvimento econômico
Em 1997, a arrecadação com impostos e taxas municipais em Pato Branco (PR) ficou na casa dos R$ 16 milhões. Depois de 20 anos, a expectativa é alcançar R$ 500 milhões. Um dos fatores que mais contribuíram para esse crescimento foi a implantação do parque tecnológico voltado para empresas de software e eletrônica, biotecnologia e energias renováveis.
Paranavaí tem a chance de vislumbrar desempenho favorável semelhante ao vivido por Pato Branco nas últimas duas décadas. Na tarde de ontem, um seminário realizado na estação experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) teve como tema principal a implantação do Parque Tecnológico de Agroinovação de Paranavaí, o Agro+I.
Trata-se de um espaço destinado para a criação e a atração de empresas de base tecnológica nos segmentos de mandioca e frutas cítricas, que formam duas das principais cadeias produtivas de Paranavaí. A estimativa é que até o final deste ano sejam entregues estudos e projetos para a implantação, de fato, do empreendimento.
A intenção é acelerar o desenvolvimento econômico de Paranavaí e dos municípios do Noroeste do Paraná, a partir de investimentos em inovação. Para isso, serão instaladas empresas de base tecnológica que garantam a geração de emprego, renda e riqueza.
Estão na lista de potenciais áreas a serem exploradas dentro do Agro+I a tecnologia de alimentos, a agroenergia, as tecnologias da saúde e a agricultura de precisão. “É um projeto muito importante para toda a região”, disse o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto. E acrescentou: “Pesquisa é essencial para o desenvolvimento”.
PATO BRANCO – Alceni Guerra foi um dos palestrantes do 1º Seminário de Agroinovação do Noroeste do Paraná. Ex-prefeito de Pato Branco, ele participou diretamente da implantação do parque tecnológico naquele município. Durante o evento realizado ontem em Paranavaí, Guerra contou como tem sido a experiência.
De acordo com ele, a cidade do Sudoeste do Paraná já contava com estrutura de ensino quando o parque tecnológico foi implantado, em 1997. Mas nada comparado ao cenário atual: 142 cursos superiores e quase 600 mestres e doutores. Além disso, hoje “é um polo de alta tecnologia”.
PARANAVAÍ – Na opinião de Guerra, Paranavaí perceberá a evolução em tempo mais curto do que Pato Branco, porque conta com lideranças políticas engajadas, corpo técnico eficiente e empreendedores.
Ele apontou alguns dos possíveis resultados: maior produtividade no campo, agregação de valores sobre a produção e mais rendimentos para os agricultores. Assim, a arrecadação do município crescerá, ampliando a capacidade de investir em educação, saúde e infraestrutura, por exemplo.