Partido político, base para representação popular

Rogério Lorenzetti*

A democracia brasileira é estruturada e contempla a ação política através dos partidos existentes. Embora a população analise a ação parlamentar de forma individualizada, a base das ações no Congresso Nacional é conduzida, via de regra, pelas agremiações partidárias.
Importante conquista é a representação popular através da eleição de pessoas com conhecimento e conduta pessoal para exercerem de forma digna e eficiente o mandato conferido. Se estiverem isoladas em partidos pequenos e com poucos representantes eleitos, pouco poderão fazer no exercício do cargo.
Minha opção pelo PSD (Partido Social Democrático) levou em conta o ideário do partido, sua ideologia, mas também o fato de ser um partido com uma representação numerosa e atuante no Congresso Nacional. Pesou também o excelente relacionamento com o pré-candidato a governador Carlos Massa Júnior (Ratinho Junior), além das lideranças locais e regionais do partido.
Sem um número consistente de representantes no legislativo, seja municipal, estadual ou nacional, a ação parlamentar fica restrita e o trabalho prejudicado, fazendo com que o parlamentar, isolado, pouco possa produzir em termos efetivos para um mandato pleno de realizações.
Além de poder participar de comissões parlamentares, ocupando cargos de relevância, o partido dá sustentação ao representante para aprovar leis, trazer recursos e dar peso político a sua região, base da representação popular conferida através da democracia.
Resumindo de forma a dar entendimento às pessoas pouco afetas à política: eleito o parlamentar, sua ação na casa legislativa dependerá do partido a que estiver filiado. Uma opção correta ajudará na eleição (se o partido tem vagas suficientes para abrigar o candidato e dar chance de vitória a ele) considerando também se a necessidade de votos para obter o mandato é compatível com a projeção do mesmo.
Enfim, a vitória é o primeiro passo, mas o candidato terá que se desdobrar, após eleito, para atender as expectativas da população em relação a sua eventual ação política para um exercício pleno e frutífero do mandato, buscando exercê-lo com a dignidade e o conhecimento necessários para obter resultados efetivos.
O Brasil clama por mudanças e o início delas se dará no ano que vem, com a eleição de um congresso renovado e executivos preparados para o grande desafio que se apresentará aos eleitos.

*Rogério Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período de 2009/2016