Pedida prorrogação da prisão temporária do acusado de assalto a fazenda

A Polícia Civil pediu ao Poder Judiciário a prorrogação da prisão temporária do detido na última sexta-feira, acusado de participação no assalto a uma fazenda em Paranavaí. Ele nega envolvimento no assalto e apresenta justificativas para a posse de objetos levados das vítimas, bem como de um carro envolvido no apoio a quadrilha.
Conforme o delegado operacional da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Vagner dos Santos Malaquias, que chefia as investigações, o suspeito diz que comprou o carro depois do assalto. A mesma versão vale para os objetos, dentre eles, um relógio.
O problema é que não consegue dizer de quem e nem quanto pagou. Nesta versão, teria comprado os produtos de desconhecidos. A estratégia, opina o delegado, é descaracterizar envolvimento no roubo, sugerindo ser apenas terceiro de boa fé. Ele prestou depoimento acompanhado de advogado.
Outros fatores pesam contra a versão do detido. Filmagem de uma câmera de segurança ao longo do caminho de fuga revela um homem com a sua aparência e usando roupas iguais a peças de sua propriedade, reforça a participação no grupo que tinha pelo menos outras quatro pessoas.
Eles também tiveram que parar em um posto de combustíveis, já que os carros das vítimas usados para fuga estavam na reserva. Os carros foram encontrados no dia seguinte ao crime, na Rua Amador Aguiar, Jardim Ipê. Portanto, foram usados apenas para fuga e transporte das dezenas de produtos, entre eles, eletrônicos, roubados das vítimas.  
A detenção desse suspeito, que já tem outras passagens, dentre elas uma por posse de rifle em Terra Rica no início do ano, arma de uso restrito das forças armadas, pode contribuir para identificar pelo menos mais um integrante da quadrilha, avalia o delegado Malaquias.
O ROUBO – Cinco homens armados com pistolas e uma arma longa, renderam a família na propriedade rural. Todos os integrantes da quadrilha usavam capuz para dificultar a identificação. As vítimas, com idades entre 20 e 53 anos, foram amarradas, enquanto os assaltantes “limpavam” a casa. Não houve violência física.
Foram levados da propriedade vários gêneros alimentícios; uma caixa acústica e uma caixa de som amplificada; um cartão magnético Mastercard; um aparelho de som de veículo marca Pioneer (retirado de um Ford Ka não levado pelos ladrões); seis telefones celulares Samsung, LGe e Apple.
E segue a lista: um DVD player; um fogão cooktop 4 bocas; um forno micro-ondas de inox Panasonic; três mochilas, sendo duas pretas, uma azul; um módulo amplificador de som Roadstar Power One; um relógio de pulso; uma sanduicheira de cor branca, três televisores – dois Philips, um CCE.
OUTROS ASSALTOS – O último final de semana foi marcado por dois assaltos a estabelecimentos comerciais em Paranavaí. O delegado Vagner dos Santos Malaquias confirma a continuidade das investigações. Porém, não há suspeitos identificados até o momento.
Os crimes aconteceram na noite do domingo. No primeiro deles, três ladrões renderam funcionários e proprietários de uma lanchonete no Jardim Santos Dumont. Levaram uma pequena quantia em dinheiro, além de um telefone celular.
Chama a atenção neste crime o fato de não ser a primeira vez que a lanchonete é assaltada. Outro fator é que desta vez os ladrões tiveram que se apressar quando suspeitaram que uma pessoa que parou o veículo próximo, teria descoberto a ação criminosa. A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas os assaltantes fugiram.
ASSASSINATO – O delegado Vagner Malaquias também espera avançar nas investigações do assassinato de uma mulher de 34 anos, ocorrido domingo à noite na Coloninha do Jardim São Jorge.
Ela foi atingida por vários tiros, disparados por um motociclista,  morrendo antes de receber cuidados médicos, ainda no quintal da casa onde morava.  
A principal linha de investigação aponta para possível relação com o tráfico ou uso de drogas. Na casa havia pequenas porções de crack. A mulher morava com dois filhos – adolescente de 16 e menina de 09 anos – entregues ao pai já na segunda-feira.