Período de estiagem é ideal para eliminar depósitos do Aedes aegypti
As temperaturas estão mais baixas e o período é de estiagem. As duas condições tornam esta época do ano ideal para a eliminação de depósitos do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
O chefe regional de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior, explicou que o tempo seco favorece a limpeza das galerias de captação de água, das calhas, das caixas d’água e de outros itens que podem se tornar criadouros do inseto.
As ações não têm sido desenvolvidas de maneira efetiva em todos os municípios do Noroeste do Paraná, apenas “alguns se preocupam mais”, avaliou Sordi Junior. Por isso, a cobrança para que atuem no combate à dengue é permanente.
O chefe de Vigilância em Saúde explicou que o frio registrado no Noroeste do Paraná não é suficiente para eliminar ovos, larvas e mosquitos. O processo de proliferação é retardado, mas não interrompido. Os ovos podem permanecer intactos por até um ano e eclodir quando as condições do tempo forem favoráveis.
ÍNDICES – Números apresentados pela 14ª Regional de Saúde mostram que até 5 de julho os municípios do Noroeste somavam 643 notificações de casos suspeitos de dengue. Desse total, 33 foram confirmados, 577 descartados e 33 ainda estavam pendentes até aquela data.
Apesar do número pequeno de registros positivos da doença, os índices de infestação por Aedes aegypti são altíssimos em toda a região, conforme classificação de Sordi Junior. Para se ter uma ideia, o Ministério da Saúde considera 1% como o limite máximo tolerável, mas há municípios com marcas acima dos três pontos percentuais.
TREINAMENTO – Considerando a preocupação com os altos índices de infestação, ou seja, a grande quantidade de depósitos de ovos e larvas, a 14ª Regional de Saúde tem promovido uma série de capacitações para agentes de saúde. O objetivo do treinamento é garantir que cobrem de maneira mais efetiva a participação dos moradores no combate à dengue.
POPULAÇÃO – Ao mesmo tempo, é preciso que os moradores façam a parte que lhes é cabível, limpando quintais e lojas para evitar que tenham criadouros. “As pessoas têm que tomar consciência agora, para não entrarmos no período mais quente com altos índices que possam provocar uma epidemia de dengue”, enfatizou Sordi Junior.
A orientação é que façam verificações frequentes em todos os pontos. “Não somente ao nível dos olhos, mas abaixo e acima”, orientou o chefe de Vigilância em Saúde. O descarte incorreto de lixo, principalmente materiais recicláveis, é outro problema que precisa ser combatido.