Pessoas com deficiência precisam de representatividade, destacam autoridades

REINALDO SILVA
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Estima-se que 24% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência. Diariamente, essas pessoas enfrentam dificuldades para acessar o sistema de ensino, encontram obstáculos para se locomover no ambiente urbano, vivenciam desigualdades. Por isso, é necessário pensar em políticas públicas inclusivas e eficientes.
A promotora da Vara da Infância e Juventude de Paranavaí, Marcia Felizardo Rocha de Pauli, deu o tom do evento promovido ontem pelo Ministério Público. Disse que o período é marcado pela tentativa de diminuir a participação popular junto às instâncias de governo e que a resposta deve ser o fortalecimento das representações sociais.
As análises foram feitas na tarde de ontem, em evento realizado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Paranavaí. Os participantes assistiram a palestras sobre diversidade e inclusão. Também foi ocasião para a composição do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPCM). 
Para a secretária municipal de Assistência Social, Maria Dêis Klososki, a reativação do CMDPCD vai garantir a ampliação do espaço de participação democrática. Ela destacou que o grupo será responsável por monitorar e acompanhar a aplicação das políticas públicas. Nesse sentido, disse, “precisamos de conselhos atuantes para promover a acessibilidade e os direitos de todos”.
A presidente da OAB de Paranavaí, Célia Zanata, disse que a recomposição do Conselho Municipal é um marco para a retomada de políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência e que requerem equipamentos de acessibilidade. Motivada pelo evento de ontem, comprometeu-se a investir em mudanças na sede da OAB, para facilitar a locomoção dessa população.
Presidente da Câmara de Vereadores, José Galvão apontou problemas no calçamento da cidade e enfatizou que a situação gera “dificuldade muito grande para quem tem alguma deficiência física”. Ele se colocou à disposição para atuar na elaboração de leis que beneficiem quem necessita de acessibilidade.
Representante da sociedade civil, Neil Emídio Junior disse que o momento é de busca por um mundo melhor, com solidariedade e igualdade de oportunidades, apesar das diferenças. Ele defendeu a construção de uma realidade mais inclusiva, com todas as pessoas usufruindo de direitos.