Pesquisa aponta razões para desistência das pessoas nos cursos técnicos em Paranavaí
Uma pesquisa divulgada ontem pelo Conselho de Desenvolvimento de Paranavaí (CODEP) apresentou algumas das razões para a desistência de estudantes dos cursos técnicos e profissionais na cidade. Foram ouvidos 60 desistentes.
O trabalho, desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual do Paraná – Unespar/Fafipa, vai nortear ações de combate à evasão e gerar novos debates dentro do Conselho, através das câmaras técnicas.
A proposta inicial foi desenvolver o trabalho em sete estabelecimentos de ensino e identificar as causas e índices da evasão entre os jovens. No entanto, constatou-se que a desistência é maior entre os adultos, sintetiza o professor Givaldo Alves da Silva, do Colegiado de Geografia da Unespar, coordenador da pesquisa juntamente com o professor Marcelo Cernev Rosa.
55% dos desistentes têm acima de 24 anos, enquanto as demais faixas dividem 45%. Destes, 27% estão na faixa etária de 20 a 24 anos. Apenas 3% dos desistentes têm entre 16 e 17 anos, enquanto 15% têm entre 18 e 19 anos. No caso dos menores de 18 anos uma das explicações é a pouca oferta para essa clientela nos cursos pesquisados.
Em alguns cursos a evasão é mais preocupante. No Curso Técnico em Açúcar e Álcool, em 2011, foram 74 matriculados para 75 vagas. Destes, 30 inscritos desistiram. Levando em conta o período desde a sua fundação, em 2010, quando 40 foram inscritos e 19 desistiram, a evasão chega a 47%. O professor Alves da Silva estranha esse número, já que se trata de um curso aparentemente com mercado profissional.
Mas, há casos de índices mais favoráveis. O Curso de Técnico em Edificações, do Colégio Marins Alves de Camargo, teve início em 2010. Levando em conta apenas os matriculados em 2011 (117) apenas 9 desistiram, ou seja, 7%. Nos números gerais de 2010, dos 74 inscritos 13 desistiram, resultando em evasão de 17%.
As razões para desistência são variadas. Oito pessoas disseram que o curso não respondeu às expectativas. Quatorze pessoas deixaram por causa do trabalho. Problemas familiares ocasionaram 4 desistências. Um declarou que o cansaço foi o motivo do abandono.
As mulheres são maioria entre os desistentes – 62%. Os casados respondem por 69% dos alunos que deixaram os cursos. A maioria – 66% – possui renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos. Apenas 4% têm renda familiar entre 5 e 10 salários, enquanto 15% estão na faixa entre 1 e 2. Por fim, 11% dos desistentes têm renda familiar de até um salário mínimo.
O professor alerta que o estudo serve de orientação, mas não abrangeu um volume consistente de respostas. Houve dificuldade em alguns estabelecimentos para acesso aos endereços dos desistentes. Também uma parcela – 39 – mudou ou nunca morou nos locais declarados. Ainda assim, é possível tirar algumas conclusões.
A maioria não é considerada jovem. Um terço dos desistentes é de casados e 72% estão trabalhando. Há uma tendência de abandono após a conquista do emprego. Enquanto um terço desistiu por não conciliar o estudo com o trabalho, 21,6% deixaram de frequentar as aulas por problemas relacionados ao curso, tais como professores e infraestrutura.
A reunião de apresentação dos números foi muito concorrida. Contou com lideranças da educação e de diversos setores da cidade. O CODEP aproveitou para agradecer as parcerias que viabilizaram a pesquisa. A presidente Maria Inês Ferezim Gonçalves, confirma que o trabalho servirá para análises e futuras decisões.
O trabalho, desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual do Paraná – Unespar/Fafipa, vai nortear ações de combate à evasão e gerar novos debates dentro do Conselho, através das câmaras técnicas.
A proposta inicial foi desenvolver o trabalho em sete estabelecimentos de ensino e identificar as causas e índices da evasão entre os jovens. No entanto, constatou-se que a desistência é maior entre os adultos, sintetiza o professor Givaldo Alves da Silva, do Colegiado de Geografia da Unespar, coordenador da pesquisa juntamente com o professor Marcelo Cernev Rosa.
55% dos desistentes têm acima de 24 anos, enquanto as demais faixas dividem 45%. Destes, 27% estão na faixa etária de 20 a 24 anos. Apenas 3% dos desistentes têm entre 16 e 17 anos, enquanto 15% têm entre 18 e 19 anos. No caso dos menores de 18 anos uma das explicações é a pouca oferta para essa clientela nos cursos pesquisados.
Em alguns cursos a evasão é mais preocupante. No Curso Técnico em Açúcar e Álcool, em 2011, foram 74 matriculados para 75 vagas. Destes, 30 inscritos desistiram. Levando em conta o período desde a sua fundação, em 2010, quando 40 foram inscritos e 19 desistiram, a evasão chega a 47%. O professor Alves da Silva estranha esse número, já que se trata de um curso aparentemente com mercado profissional.
Mas, há casos de índices mais favoráveis. O Curso de Técnico em Edificações, do Colégio Marins Alves de Camargo, teve início em 2010. Levando em conta apenas os matriculados em 2011 (117) apenas 9 desistiram, ou seja, 7%. Nos números gerais de 2010, dos 74 inscritos 13 desistiram, resultando em evasão de 17%.
As razões para desistência são variadas. Oito pessoas disseram que o curso não respondeu às expectativas. Quatorze pessoas deixaram por causa do trabalho. Problemas familiares ocasionaram 4 desistências. Um declarou que o cansaço foi o motivo do abandono.
As mulheres são maioria entre os desistentes – 62%. Os casados respondem por 69% dos alunos que deixaram os cursos. A maioria – 66% – possui renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos. Apenas 4% têm renda familiar entre 5 e 10 salários, enquanto 15% estão na faixa entre 1 e 2. Por fim, 11% dos desistentes têm renda familiar de até um salário mínimo.
O professor alerta que o estudo serve de orientação, mas não abrangeu um volume consistente de respostas. Houve dificuldade em alguns estabelecimentos para acesso aos endereços dos desistentes. Também uma parcela – 39 – mudou ou nunca morou nos locais declarados. Ainda assim, é possível tirar algumas conclusões.
A maioria não é considerada jovem. Um terço dos desistentes é de casados e 72% estão trabalhando. Há uma tendência de abandono após a conquista do emprego. Enquanto um terço desistiu por não conciliar o estudo com o trabalho, 21,6% deixaram de frequentar as aulas por problemas relacionados ao curso, tais como professores e infraestrutura.
A reunião de apresentação dos números foi muito concorrida. Contou com lideranças da educação e de diversos setores da cidade. O CODEP aproveitou para agradecer as parcerias que viabilizaram a pesquisa. A presidente Maria Inês Ferezim Gonçalves, confirma que o trabalho servirá para análises e futuras decisões.