Pesquisa desenvolve cultivar de arroz voltada à culinária japonesa
No típico prato de arroz com feijão, a tradição pede um grão mais soltinho. Mas alguns tipos especiais apresentam características diferenciadas – como um aspecto mais pegajoso -, bastante valorizados, por exemplo, pela culinária japonesa.
Com foco nesse mercado crescente, a Embrapa lançou no último fim de semana, durante a 39ª Expointer, em Esteio (RS), a BRS 358, cultivar de grão curto e com baixo teor de amilose – qualidade que o deixa mais pegajoso após o cozimento.
“Com essa característica é possível comer usando o palitinho, o hashi”, explica um dos pesquisadores responsáveis pela nova cultivar Ariano Magalhães.
A nova planta é resultado de mais de dez anos de trabalho dos pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RS), da Embrapa Arroz e Feijão (GO) e de outros centros de pesquisa ligados ao programa de melhoramento de arroz especial da Embrapa.
“A vantagem da BRS 358 é que ela tem os mesmos padrões de qualidade de grãos do material japônico tradicional, mas com uma planta agronomicamente moderna”, informa o pesquisador, referindo-se ao porte baixo da planta, o que a torna resistente ao acamamento, e a arquitetura de planta com folhas eretas. Isso significa maior capacidade fotossintética, conferindo maior potencial produtivo.
A partir de uma linhagem introduzida do Egito em 1999 pela Embrapa Arroz e Feijão, a cultivar foi selecionada entre 2002 e 2004 em ensaios conduzidos em diferentes estados brasileiros, inclusive no Rio Grande do Sul.
Como resultado, ela se destaca com produtividade média de 8,6 mil quilos por hectare (peso médio de 23 gramas para mil grãos), alto perfilhamento, resistência à mancha-dos-grãos, além de ter ciclo precoce (115 dias no Rio Grande do Sul).
DEMANDA POR UMA NOVA CULTIVAR – Segundo os pesquisadores, os materiais para a culinária japonesa utilizados hoje no País – em torno de cinco cultivares – são antigos e ainda pouco adaptados às condições nacionais, não apresentando boa produtividade, além de terem porte mais elevado, o que os torna sujeitos ao acamamento.
Essas variedades chegaram ao Brasil com os colonizadores e deram início ao cultivo de arroz no País. As cultivares americanas, de grão longo e fino, só foram introduzidas na década de 1970.
Os pesquisadores contam ainda que a produção desse tipo de grão especial existe apenas em pequena escala no País, principalmente porque existem poucos produtores de sementes certificadas interessados em atender mercados específicos.
“Em geral, quem produz também cultiva a própria semente para se autoabastecer. É um mercado pequeno ainda, mas que tem crescido muito”, destaca.
Com foco nesse mercado crescente, a Embrapa lançou no último fim de semana, durante a 39ª Expointer, em Esteio (RS), a BRS 358, cultivar de grão curto e com baixo teor de amilose – qualidade que o deixa mais pegajoso após o cozimento.
“Com essa característica é possível comer usando o palitinho, o hashi”, explica um dos pesquisadores responsáveis pela nova cultivar Ariano Magalhães.
A nova planta é resultado de mais de dez anos de trabalho dos pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RS), da Embrapa Arroz e Feijão (GO) e de outros centros de pesquisa ligados ao programa de melhoramento de arroz especial da Embrapa.
“A vantagem da BRS 358 é que ela tem os mesmos padrões de qualidade de grãos do material japônico tradicional, mas com uma planta agronomicamente moderna”, informa o pesquisador, referindo-se ao porte baixo da planta, o que a torna resistente ao acamamento, e a arquitetura de planta com folhas eretas. Isso significa maior capacidade fotossintética, conferindo maior potencial produtivo.
A partir de uma linhagem introduzida do Egito em 1999 pela Embrapa Arroz e Feijão, a cultivar foi selecionada entre 2002 e 2004 em ensaios conduzidos em diferentes estados brasileiros, inclusive no Rio Grande do Sul.
Como resultado, ela se destaca com produtividade média de 8,6 mil quilos por hectare (peso médio de 23 gramas para mil grãos), alto perfilhamento, resistência à mancha-dos-grãos, além de ter ciclo precoce (115 dias no Rio Grande do Sul).
DEMANDA POR UMA NOVA CULTIVAR – Segundo os pesquisadores, os materiais para a culinária japonesa utilizados hoje no País – em torno de cinco cultivares – são antigos e ainda pouco adaptados às condições nacionais, não apresentando boa produtividade, além de terem porte mais elevado, o que os torna sujeitos ao acamamento.
Essas variedades chegaram ao Brasil com os colonizadores e deram início ao cultivo de arroz no País. As cultivares americanas, de grão longo e fino, só foram introduzidas na década de 1970.
Os pesquisadores contam ainda que a produção desse tipo de grão especial existe apenas em pequena escala no País, principalmente porque existem poucos produtores de sementes certificadas interessados em atender mercados específicos.
“Em geral, quem produz também cultiva a própria semente para se autoabastecer. É um mercado pequeno ainda, mas que tem crescido muito”, destaca.