PM diz que crianças são responsáveis por vandalismo e furtos nas escolas

A Prefeitura de Paranavaí e a polícia estudam medidas para acabar com problema de vandalismo e furtos nas escolas. Segundo o soldado Antônio Santos, do Batalhão de Polícia Escolar (BPEC) da PM, as invasões e vandalismos estão ocorrendo principalmente nos finais de semana e são praticadas por crianças entre 10 e 13 anos de idade.
“A faixa etária dos adolescentes que invadem as escolas vai, normalmente dos 10 aos 13 anos. Eles podem até ser ajudados por algum adulto ou jovem, mas são as crianças que entram na escola por conta dos espaços entre as janelas. Eles quebram torneiras, vidros, lâmpadas, portas. Danificam tudo o que puderem. Em algumas escolas está havendo inclusive perda da merenda, porque eles desligam os disjuntores de energia e a geladeira não conserva os alimentos frios. Quando há furtos, eles levam coisas pequenas e fáceis de carregar, como rádios, aparelhos de telefone, etc.”, destacou o policial.
Preocupada com a onda de invasões, vandalismos e os furtos nas escolas, a administração municipal promoveu ontem uma reunião com as diretoras das entidades educacionais, a Polícia Militar e representantes das secretarias de Educação e Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito.
Uma das ideias é a realização de palestras com os pais e a comunidade no entorno das escolas. O objetivo é pedir o apoio no trabalho de fiscalização.
“As escolas são patrimônios públicos e cada invasão seguida de atos de vandalismo traz muitos prejuízos, não só para os cofres públicos, mas também para os professores, os alunos, que ficam com um ambiente sujo, quebrado e sem vários recursos materiais (que são furtados) para poder estudar”, apontou a secretária de Educação, Aparecida Gonçalves.
A secretária Cida comentou ainda que algumas escolas têm sido alvos mais constantes das invasões, como a Ilda Campano, Getúlio Vargas e Noêmia Ribeiro do Amaral. “As escolas têm monitoramento de segurança, câmeras, mas nem isso está inibindo a ação dos adolescentes”, ponderou.
“Queremos que haja uma corresponsabilidade da comunidade na proteção de um patrimônio que é de todos nós, para a educação das nossas crianças”, destacou o diretor de Proteção ao Patrimônio, Rogério Clemente da Silva, que participou da reunião acompanhando o secretário Wesley Izidoro Pereira.
A Prefeitura também já está dialogando sobre outras alternativas para melhorar a segurança nos prédios escolares, como a implantação de cercas elétricas, uma escala de rondas com os integrantes da Guarda Municipal, assim que ela for implantada, e o encaminhamento de ofícios de todas as escolas para a Polícia Militar, solicitando que as rondas sejam mais ostensivas e frequentes nas áreas escolares.