Polícia Civil de Goiás diz que suspeito detido admitiu 39 mortes

SÃO PAULO – Um homem de 26 anos foi preso na noite de terça-feira, em Goiânia, sob suspeita de cometer uma série de assassinatos de mulheres na cidade desde o início do ano.
Desde janeiro, ao menos 15 vítimas, com idades entre 13 e 29 anos, foram assassinadas a tiros por um motociclista, com rosto coberto por capacete, que em geral nada roubou.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um vigilante que teria confessado o assassinato de 39 pessoas, entre elas 15 mulheres e 8 moradores de rua em Goiânia em 2013, em outra série de crimes com repercussão na capital goiana. Ao todo seriam 39 assassinatos
A polícia não divulgou o nome do suspeito nem as possíveis motivações para os crimes. A polícia apura a veracidade das informações do vigilânte, que diz ter matado 15 mulheres e oito moradores de rua.
O vigilante foi preso ao ser abordado na rua guiando uma moto. Em sua casa, segundo a polícia, foi encontrada uma arma, que será analisada pela perícia.
O mandado de prisão para o vigilante já havia sido expedido anteriormente e desde então ele era procurado pela polícia. De acordo com a polícia, câmeras de segurança de um supermercado flagraram o suspeito trocando a placa de sua moto.
O homem é branco e tem cerca de 1,80 m, características em parte semelhantes ao retrato falado do suposto assassino em série de mulheres.
COMOÇÃO – O assassinato das jovens causou indignação em todo o Estado, principalmente pela demora na apresentação dos possíveis autores dos crimes.
Reportagem da Folha de S.Paulo do mês passado apontou que, passados oito meses da morte da primeira vítima, Bárbara, de 14 anos, nenhum crime ainda havia sido esclarecido.
A polícia apontou alguns motivos para justificar a dificuldade de elucidar os casos, como o fato de o homicida estar sempre com o rosto coberto, as poucas imagens de câmeras que flagraram os assassinatos e a quase ausência de testemunhas em alguns casos.
Diante da pressão popular, e com a 15ª morte, em agosto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública anunciou naquele mês a criação de uma força-tarefa de delegados para acelerar as investigações.