Polícia Civil investiga acusação de fraude na eleição do Sindoscom de Paranavaí

A Polícia Civil (PC) instaurou inquérito para apurar a denúncia de fraude na eleição do Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí (Sindoscom). As testemunhas já começaram a ser ouvidas, mas ainda não há previsão de quando o processo será concluído.
O delegado-adjunto Gustavo Bianchi, responsável pelas investigações, informou que o caso terá prioridade. “Queremos elucidar da forma mais rápida”.
A votação ocorreu na última sexta-feira (3), tendo dois grupos concorrentes. O primeiro teve à frente Leila Vanda Aguiar, atual vice-presidente do Sindoscom. A chapa de oposição era liderada por Marcelo Aparecido Fim.
Três urnas foram disponibilizadas para a eleição. Uma ficou à disposição dos associados na sede da entidade sindical. Outras duas foram levadas para as empresas onde havia funcionários aptos para votar.
Por 58 votos a 53, Leila saiu vitoriosa. Mas a chapa de oposição questionou o resultado, alegando que uma das urnas itinerantes teria sido fraudada. O candidato à presidência do Sindoscom foi até a Delegacia de Polícia Civil e fez o boletim de ocorrência.
Agora, a PC está reunindo depoimentos e provas que indicarão se houve ou não violação na urna e alteração no resultado da eleição. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e confrontadas com as informações dadas por testemunhas.
Bianchi afirmou que o inquérito é para investigar se o crime de falsidade ideológica existiu ou não. Se forem encontrados indícios que caracterizem a fraude, o caso será encaminhado para o Poder Judiciário, que decidirá o que será feito com o processo de eleição.
Em recente entrevista concedida ao DN, Marcelo Aparecido Fim disse que quer a anulação do resultado. Leila Vanda Aguiar não comentou a acusação feita pelo grupo concorrente. A atual presidente do Sindoscom, Elizabete Madrona, também não se manifestou.
A equipe de reportagem tentou acompanhar a apuração dos votos, também na sexta-feira (3), mas foi informada pela secretaria da entidade sindical que a comissão eleitoral não permitiu a presença da imprensa.