Polícia Civil prende casal envolvido no desaparecimento de mãe e filha
A Polícia Civil confirmou ao Diário do Noroeste, ontem, que está preso desde a semana passada o casal suspeito de envolvimento no desaparecimento, em 6 de janeiro de 2014, de Patrícia Barbosa Pereira, então com 28 anos. A prisão aconteceu em Maringá, mas os acusados já foram transferidos para a Cadeia Pública de Paranavaí.
Patrícia saiu de casa, no Jardim Morumbi, com a filha, então com apenas 20 dias de vida, para ir a um posto de vacinação. Nunca mais foi vista.
A criança acabou localizada em 2015 com o casal suspeito e depois viveu em adoção com uma família de Loanda, que nada sabia sobre a sua origem e fez os procedimentos legais.
O casal suspeito, então residente na região de Querência do Norte, chegou a prestar declarações, alegando que eram os pais biológicos, através de inseminação artificial e com parto em casa, sem acompanhamento pré-natal.
A história “não colou” e o homem e a mulher passaram a ser investigados, mas o caso até então não havia qualquer relação com o caso Patrícia.
Com o resultado do DNA, a versão foi desmentida sem brechas para contraditório, por isso, o referido casal fugiu, passando a ser monitorado pela Polícia a partir de atendimentos médicos em hospitais e saques de aposentadoria, já com mandado de prisão.
A criança passou a morar com a avó materna em Paranavaí no dia 14 de abril, após o exame de DNA comprovar a sua identidade. Vencida esta etapa, o desafio passou a ser descobrir o que aconteceu com a mãe.
MISTÉRIO – O casal capturado não contribuiu até agora para desvendar o paradeiro de Patrícia. Diante do exame e sem como negar a origem da menina, os presos disseram que compraram a criança de um casal desconhecido, pagando R$ 8 mil.
Como aponta a Polícia Civil, por conta das contradições, há indícios de que a história não seja verdadeira. O problema é que, ao sustentar a versão, o casal não contribui para saber o que aconteceu com a mãe a partir daquela tarde de 06 de janeiro de 2016.
O casal, já na Cadeia Pública de Paranavaí, está respondendo por homicídio, sequestro, subtração de incapaz e falsidade ideológica, já que forjaram informações para fazerem o registro da menina. A ação tramita na 2ª Vara Criminal de Paranavaí, em segredo de justiça.
O caso do sumiço de Patrícia é um mistério que intriga a comunidade paranavaiense. Desde o desaparecimento, a Polícia fez uma série de buscas, ouviu dezenas de testemunhas e suspeitos, além de averiguar muitos endereços para checar eventuais pistas.
Tudo mudou com a localização da menina e posterior confirmação da sua identidade via exame de DNA. No entanto, tais caminhos ainda não foram suficientes para conhecer o que houve e as motivações.