Preço da batata continua elevado

Os alimentos foram os principais responsáveis pela alta de 0,92% na inflação oficial de março, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na lista dos produtos com maior variação estão a batata inglesa (35%), o tomate (32,8%), os legumes (21,95%) e o feijão carioca (11,8%).
E se no mês passado os valores assustaram os consumidores, em abril a situação não é diferente. No caso da batata, por exemplo, não houve redução de preço, e o resultado é que os consumidores estão comprando menos. A gerência de um supermercado de Paranavaí informou que as vendas do tubérculo caíram quase 15%.
Por outro lado, o preço do tomate está começando a diminuir e a tendência é que volte aos patamares de meses anteriores. Com isso, a fruta voltou a ser consumida com mais frequência. De acordo com a gerência do supermercado de Paranavaí, a tendência é que o valor cobrado pelo quilo do tomate caia ainda mais.
As altas apontadas pelos cálculos do IPCA foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada e revelam a influência das mudanças no tempo sobre as atividades agrícolas.
Chuva em excesso em algumas regiões e estiagem em outras reduzem a produção de alimentos no campo e, consequentemente, a oferta para os consumidores. Na prática, isso representa preços mais altos e menor qualidade dos produtos.
INFLAÇÃO – Os índices de inflação medidos no mês passado foram os mais altos para março desde 2003, quando a elevação chegou a 1,23%. O IPCA também ficou acima do registrado em meses anteriores: em fevereiro, o aumento foi de 0,69%; em janeiro, 0,55%. No acumulado de 12 meses, a inflação totaliza 6,15%.