Prefeito fala em rombo de R$ 800 mi no Instituto de Previdência dos servidores
O prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes esteve segunda-feira na Câmara de Vereadores para esclarecer assuntos referentes à administração. A sua presença foi solicitada pelo vereador Aldrey Azevedo.
Por mais de uma hora, o prefeito falou sobre as dívidas da Prefeitura de Paranavaí e investigações que foram e estão sendo feitas no âmbito da administração. Chamou atenção para a dívida junto ao Instituto de Previdência dos servidores, acima dos R$ 800 milhões.
“Recentemente fizemos um projeto, que foi aprovado pela Câmara, para aumentar o aporte de recursos financeiros e cobrirmos esse rombo. Esse é um problema que não explodiria na minha gestão, mas faço questão de colocar tudo de maneira transparente e trabalhar para resolver os problemas da cidade. Amanhã deixo de ser prefeito, volto a ser cidadão e quero uma cidade cada vez melhor para se viver”, explicou o prefeito.
Ainda no campo econômico, o prefeito esclareceu que as dívidas da Prefeitura estão crescendo consideravelmente ao longo dos anos, mas que essa é uma medida necessária para conseguir recursos.
“Em 2000 a dívida era de pouco mais de R$ 7 milhões. Em 2017 o valor da dívida já está em R$ 70 milhões. Pagamos mensalmente mais de 800 mil reais nesses financiamentos”, disse.
Questionado sobre uma possível extinção de cargos ou secretarias, o prefeito esclareceu que não basta fazer algo com viés populista sendo que o resultado seria ineficiente. “Quando me elegi, estava convicto em acabar com a Secretaria de Comunicação. Porém, fiz o contrário, contratamos pessoas capacitadas, deixamos de ser dependentes da agência de publicidade e os resultados são fantásticos. Os gastos que antes ultrapassavam R$ 1 milhão, hoje são de aproximadamente R$ 140 mil. Não extinguimos a Secretaria, mas fizemos ela prestar um serviço de qualidade e gerar economia. Isso é eficiência”, afirmou.
Outro assunto levantado foi relacionado às associações de bairros. O prefeito disse que analisou notas fiscais, contratos e prestações de contas para poder afirmar que existem irregularidades nas entidades.
“Tem associação que há 20 anos está reformando a sede e nunca levantou uma parede. Não é possível que não haja coisa errada. Temos um levantamento detalhado de tudo e vamos tomar as medidas necessárias, com ajuda da Câmara, para que o dinheiro público possa ser investido com responsabilidade. Quando as associações recebiam dinheiro sem medidas, todo mundo queria ser o presidente. Hoje, que não possui mais recurso público, ninguém quer”, enfatizou.