Presidente da OAB é alvo de fake news, afirma conselheiro estadual da entidade
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, foi alvo de notícias falsas nos últimos dias. A avaliação é do conselheiro estadual da entidade no Paraná Anderson Donizete dos Santos, que atribuiu a disseminação das chamadas fake news a uma tentativa de deslegitimar o trabalho em defesa da democracia.
As primeiras manifestações surgiram depois que Felipe Santa Cruz declarou que a Operação Lava Jato “não pode ser um livro em fascículos interminável”. O presidente da OAB afirmou que a ininterrupta expectativa sobre as próximas fases das investigações gera paralisia nos setores público e privado.
O posicionamento de Santa Cruz foi interpretado como favorável ao fim da Lava Jato. As interpretações se espalharam pelas redes sociais, e não demorou para que ele se tornasse alvo de ataques.
Por isso, o advogado paranavaiense Anderson Donizete dos Santos, conversou com a equipe do Diário do Noroeste e explicou quais foram as reais intenções do presidente nacional da OAB ao se referir à operação.
“Somos a favor da Lava Jato, do rigor das investigações. Mas é preciso que seja conduzida dentro da lei, que os direitos sejam respeitados, que os acusados tenham ampla defesa. Somos contra a impunidade, desde que a lei seja devidamente cumprida”, enfatizou Santos.
O conselheiro estadual da OAB-PR disse que a entidade não defende qualquer sigla partidária, mas atua em defesa do estado democrático, que inclui a preservação de todos os direitos, inclusive para quem é investigado. “A Constituição Federal é maior do que qualquer pensamento jurídico”, declarou Santos.
FAKE NEWS – Na opinião do advogado paranavaiense, as notícias falsas, ou fake news, tornaram-se instrumentos de ataques pessoais infundados. A rede de disseminação se profissionalizou e alcança grande parte da população.
Sendo assim, orientou Santos, o primeiro passo a ser dado diante de informações recebidas de fontes duvidosas é buscar confirmação dos fatos em órgãos oficiais e confiáveis. No caso do presidente da OAB, por exemplo, uma dica seria verificar o site da entidade. Além disso, é preciso reconhecer a idoneidade de quem está replicando as notícias e verificar perfis nas redes sociais.