Presidente do BC diz que Lava Jato cria instabilidade, mas é positiva
WASHINGTON – O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga reconheceu ontem que as ações da Lava Jato causam "tensão" e podem ter impacto na retomada dos investimentos no Brasil, mas ressaltou que no longo prazo o efeito da operação será positivo para a economia.
A declaração foi feita durante um evento em Washington, pouco depois da prisão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Para Fraga, é "inevitável" que a instabilidade política se mantenha por um tempo, em meio às investigações e aos esforços do governo Michel Temer de implementar as medidas necessárias para tirar o país da "gigantesca" recessão em que mergulhou.
O ex-presidente do BC, dono da Gávea Investimentos, acredita que os investidores "entendem que o processo em si é bom para o país". O envolvimento de várias grandes empresas nas irregularidades investigadas pela Lava Jato força os investidores interessados em fazer negócios no Brasil a examinar com mais cuidado o cenário nacional para distinguir eventuais parceiros entre as companhias que não foram atingidas por escândalos de corrupção.
Fraga participou de um debate sobre a economia brasileira no Instituto Peterson de Economia Internacional, ao lado do ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
Ele traçou um panorama sombrio da herança econômica recebida pelo presidente Temer, com uma dívida pública "explosiva, um motor de crescimento quebrado e uma política macroeconômica desastrosa", além de um "sistema político fragmentado em que muitos estão preocupados principalmente em não ir para a cadeia". O impeachment, segundo ele, é uma chance de virar o jogo.
Para Fraga, no momento a "fronteira natural" para o investimento no Brasil é o setor de infraestrutura, em que "as brechas são monumentais", mas isso vai exigir reformas regulatórias para aumentar a previsibilidade.
A declaração foi feita durante um evento em Washington, pouco depois da prisão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Para Fraga, é "inevitável" que a instabilidade política se mantenha por um tempo, em meio às investigações e aos esforços do governo Michel Temer de implementar as medidas necessárias para tirar o país da "gigantesca" recessão em que mergulhou.
O ex-presidente do BC, dono da Gávea Investimentos, acredita que os investidores "entendem que o processo em si é bom para o país". O envolvimento de várias grandes empresas nas irregularidades investigadas pela Lava Jato força os investidores interessados em fazer negócios no Brasil a examinar com mais cuidado o cenário nacional para distinguir eventuais parceiros entre as companhias que não foram atingidas por escândalos de corrupção.
Fraga participou de um debate sobre a economia brasileira no Instituto Peterson de Economia Internacional, ao lado do ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
Ele traçou um panorama sombrio da herança econômica recebida pelo presidente Temer, com uma dívida pública "explosiva, um motor de crescimento quebrado e uma política macroeconômica desastrosa", além de um "sistema político fragmentado em que muitos estão preocupados principalmente em não ir para a cadeia". O impeachment, segundo ele, é uma chance de virar o jogo.
Para Fraga, no momento a "fronteira natural" para o investimento no Brasil é o setor de infraestrutura, em que "as brechas são monumentais", mas isso vai exigir reformas regulatórias para aumentar a previsibilidade.