Presidente do Fla e atletas são alvos de protesto
O empate em 1 a 1 diante do Santa Fe (COL), no Maracanã, pela Libertadores, irritou a torcida do Flamengo, que externou essa insatisfação nos muros da Gávea. Os alvos das pichações foram o presidente Eduardo Bandeira de Mello, Diego e Willian Arão.
“Não somos empresa”, “Time sem sangue” ou “Queremos Raça”, além de “Fora Arão”, “Fora Diego” e “Fora Bandeira” foram as frases pichadas na sede do Fla. Ontem os muros já haviam sido pintados pelo clube da Gávea.
Os resultados ruins dentro de campo, como a eliminação na fase de grupos da Libertadores em 2017 e a recente queda no Estadual, "caíram" nas costas de Eduardo Bandeira de Mello, que está em seus últimos meses à frente do clube. Em novembro, há eleição presidencial e Bandeira não pode se reeleger.
No fim de seu segundo mandato, o mandatário vive seu momento de maior pressão e a relação com a torcida jamais esteve tão desgastada. Os episódios recentes tornaram as críticas dos torcedores ao presidente ainda mais fortes.
Na terça, véspera do jogo Bandeira de Mello foi questionado sobre a política de preços do clube da Gávea. Bandeira afirmou que não ocorrerá uma diminuição do valor das entradas e disse: "hoje foi barato", referindo-se ao treino aberto à torcida do Maracanã, cuja entrada foi um quilo de alimento não perecível. A declaração, para alguns em tom irônico, não "pegou bem" entre os torcedores.
Após o empate diante do Santa Fe, Bandeira de Mello não falou com os jornalistas. Ao passar pela zona mista, o mandatário foi chamado pela imprensa e respondeu que não daria entrevista, e seguiu: "não entendo nada de futebol". As palavras também não tiveram boa repercussão.