Presidente do Sinserpar diz que servidores precisam se mobilizar contra projeto
O presidente do Sinserpar, Gabriel dos Santos Luiz, disse que os servidores precisam se mobilizar para sensibilizar a Administração Municipal para retirar o projeto de pauta ou os vereadores para votar contra, rejeitando a proposta, que representa “uma tragédia para os servidores”.
Para o presidente do Sindicato, se o projeto de lei que encontra-se na Câmara de Paranavaí, que institui um novo regime jurídico, for aprovado da forma que está, os servidores municipais terão perdas significativas de direitos e conquistas alcançadas ao longo dos anos.
O projeto prevê, entre outras alterações, a mudança na base de cálculo do adicional de insalubridade, do terço de férias e no cálculo da licença prêmio. Também haveria mudanças relativas ao adicional noturno.
Estas e outras alterações que estão sendo propostas pelo projeto que cria um novo regime jurídico serão apresentadas pelo Sindicato da categoria, o Sinserpar, aos servidores em reunião marcada para esta quarta-feira (06), às 19h30, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap).
ÁUDIO – Gabriel Luiz lamentou ontem que uma mensagem de áudio que passou no dia anterior no grupo de diretores tenha vazado e criado situações desagradáveis.
“Eu lamento, não porque era algo sigiloso, mas porque não me expressei corretamente. E esta falha de comunicação gerou um mal entendido. Mas jamais tive a intenção de ofender, diminuir os vereadores ou colocar os servidores contra eles”, explicou. O áudio objetivava, segundo ele, apenas justificar aos diretores porque a reunião com o servidores foi convocada tão rapidamente.
O sindicalista disse compreender as razões porque num primeiro momento houve resistência de uma conversa com o Sindicato. “O projeto já estava lá há algum tempo e os vereadores já haviam estudado artigo por artigo o projeto. Mas quando explicamos que o Executivo fez o projeto sem nos ouvir, os vereadores nos atenderam prontamente na última segunda-feira. E, ao contrário do que pode sugerir o meu áudio, nenhum deles antecipou o voto”, esclareceu Gabriel. “O que já estava definido, segundo me adiantaram, foi o parecer da CCJ”, completou.
Como o assunto é de competência exclusiva do Executivo, os vereadores, segundo informaram ao Sinserpar, elaboraram um documento à Administração Municipal propondo algumas alterações. Assim o projeto deve retornar ao Executivo para análise das sugestões dos vereadores.
Gabriel Luiz disse que numa reunião com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Caique) no último dia 30, o Sindicato mostrou a ele as alterações que prejudicavam a categoria.
“Verbalmente pedimos a retirada do projeto. Falamos que se quisesse fazer alterações, que emendasse a lei atual. O prefeito pareceu sensível a alguns dos pontos que apresentamos, mas não definiu nada”.