Presidente do Uruguai dá resposta dura a chefe da Junta de Fiscalização de Entorpecentes
SÃO PAULO (Folhapress) – O presidente do Uruguai, José Mujica, reagiu com força às críticas feitas pelo chefe de uma agência antidrogas da ONU à lei que estatizará o cultivo e comércio de maconha naquele país.
Anteontem, em uma entrevista à agência de notícias espanhola Efe, Raymond Yans, chefe da Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes), afirmou considerar a decisão similar à de "piratas".
Para ele, o país errou ao planejar liberar a droga a usuários enquanto membro da chamada Convenção Única sobre Entorpecentes, que só permite a legalização para fins médicos e científicos.
"O que o Uruguai fez foi uma visão própria de piratas. Esperamos que as altas autoridades entendam que isso é um erro, que esse não é o caminho correto para tratar de assuntos relacionados ao controle de drogas", disse.
Conforme Yans, o governo uruguaio ainda se recusou a realizar uma reunião com representantes da Jife.
Passadas algumas horas, o presidente Mujica concedeu uma entrevista à TV uruguaia na qual negou ter rejeitado a reunião e ainda acusou Yans de ser leniente em relação ao uso de drogas nos EUA.
"Digam a esse velho que não minta. Qualquer pessoa na rua se reúne comigo. Que venha ao Uruguai e se reúna comigo quando quiser, que não fale para a arquibancada. Porque ele está em um posto de pedestal, acha que pode dizer qualquer besteira", afirmou o uruguaio.
"Que ele venha, mas vai ter de esclarecer o que acontece em um montão de Estados americanos, onde cada um deles, só com a capital, supera a população uruguaia. Ou eles têm dois discursos, um para o Uruguai e outro para os que são fortes [os EUA]?", disse, a respeito da liberação do uso de maconha nos Estados americanos de Washington e do Colorado.
Na semana passada, o Uruguai, de 3,3 milhões de habitantes, se tornou o primeiro país a legalizar a maconha, medida que ainda carece de regulamentação e, por isso, deve entrar em vigor somente em abril de 2014.
Pela nova lei, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas pelo governo. Para isso, o consumidor terá que se registrar.
O grama da maconha será vendido inicialmente a US$ 1 (R$ 2,31). O fornecimento ficará a cargo de empresas ou clubes, com o limite de 20 a 22 toneladas por ano.
O cultivo da droga também fica liberado em casa, com o máximo de seis plantas, e em associações ou clubes que tenham entre 15 a 45 membros.
O Departamento de Estado americano, além da ONU, criticou a decisão.
Anteontem, em uma entrevista à agência de notícias espanhola Efe, Raymond Yans, chefe da Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes), afirmou considerar a decisão similar à de "piratas".
Para ele, o país errou ao planejar liberar a droga a usuários enquanto membro da chamada Convenção Única sobre Entorpecentes, que só permite a legalização para fins médicos e científicos.
"O que o Uruguai fez foi uma visão própria de piratas. Esperamos que as altas autoridades entendam que isso é um erro, que esse não é o caminho correto para tratar de assuntos relacionados ao controle de drogas", disse.
Conforme Yans, o governo uruguaio ainda se recusou a realizar uma reunião com representantes da Jife.
Passadas algumas horas, o presidente Mujica concedeu uma entrevista à TV uruguaia na qual negou ter rejeitado a reunião e ainda acusou Yans de ser leniente em relação ao uso de drogas nos EUA.
"Digam a esse velho que não minta. Qualquer pessoa na rua se reúne comigo. Que venha ao Uruguai e se reúna comigo quando quiser, que não fale para a arquibancada. Porque ele está em um posto de pedestal, acha que pode dizer qualquer besteira", afirmou o uruguaio.
"Que ele venha, mas vai ter de esclarecer o que acontece em um montão de Estados americanos, onde cada um deles, só com a capital, supera a população uruguaia. Ou eles têm dois discursos, um para o Uruguai e outro para os que são fortes [os EUA]?", disse, a respeito da liberação do uso de maconha nos Estados americanos de Washington e do Colorado.
Na semana passada, o Uruguai, de 3,3 milhões de habitantes, se tornou o primeiro país a legalizar a maconha, medida que ainda carece de regulamentação e, por isso, deve entrar em vigor somente em abril de 2014.
Pela nova lei, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas pelo governo. Para isso, o consumidor terá que se registrar.
O grama da maconha será vendido inicialmente a US$ 1 (R$ 2,31). O fornecimento ficará a cargo de empresas ou clubes, com o limite de 20 a 22 toneladas por ano.
O cultivo da droga também fica liberado em casa, com o máximo de seis plantas, e em associações ou clubes que tenham entre 15 a 45 membros.
O Departamento de Estado americano, além da ONU, criticou a decisão.