Preso, homem diz que cultivava maconha para fins medicinais
Um homem de 33 anos foi preso ontem pela manhã em Alto Paraná. Ele cultivava maconha em sua propriedade. Além das plantas, tinha ainda laboratório, firma constituída, embalagens e até rótulos indicando o que seria a atividade profissional em desenvolvimento: o comércio de canabidiol, um subproduto da cannabis sativa (maconha), para fins medicinais.
Mesmo dando explicações, o homem foi autuado em flagrante por tráfico. No final da tarde a expectativa era pela chamada audiência de custódia, quando o detido é apresentado ao Poder Judiciário, podendo ou não ser solto. Aliás, a prisão se deu em cumprimento a ordem judicial.
O caso é inédito, portanto, ainda há dúvidas em relação ao tema (produção de canabidiol). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou em novembro de 2016, portaria regulamentando a produção e importação de medicamentos à base da substância.
Na casa do suspeito a PM encontrou estufas em funcionamento e grande quantidade de pés de maconha. Também havia documentos da citada empresa, bem como embalagens e rótulos, além de 25 frascos do “medicamento” já pronto.
Após a apreensão desses produtos, também houve buscas na casa do homem detido, onde os policiais encontraram um tablete de 150 gramas de maconha seca, preparada para fumar. Ele confirmou ser o dono da droga e que é usuário de maconha.
EXPLICANDO – O canabidiol é um dos compostos naturais encontrados na cannabis. Também conhecido como CBD, o canabidiol está se transformando de uma molécula pouco conhecida, para um potencial componente de tratamento.
O canabidiol (CBD) é encontrado em todas as sementes, pedras e flores de plantas de cannabis. Ao contrário de muitos dos 85 canabinoides conhecidos, o canabidiol ocorre naturalmente em quantidades significativas em cannabis, portanto é facilmente extraído da planta.
Estudos demonstraram que o canabidiol não é psicoativo, como é o THC – a molécula conhecida altamente induzida na maconha.
Além disso, o canabidiol (CBD) foi mostrado em uma patente pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA por ter propriedades antioxidantes e neuroprotetoras significativas, sugerindo que poderia ser um potencial tratamento para distúrbios neurológicos.
(retirado de www.opas.org.br, blog especializado em saúde)