Presos são obrigados a escolher facção ao serem encarcerados
BRASÍLIA – Reunidos na tarde de ontem, integrantes do Conselho de Defesa de Direitos da Pessoa Humana ouviram relatos de que presos são obrigados a escolher uma facção criminosa ao serem encarcerados no Maranhão.
Dois principais grupos dividem o comando das cadeias e presídios do Estado: PCM (Primeiro Comando do Maranhão) e Bonde dos 40.
"Verificou-se, dos depoimentos dos presos, que a disposição dos mesmos ocorria de acordo com a facção criminosa, ao total arrepio das disposições legais. Os que não eram de facção, tinham que escolher uma", afirmou a promotora Ivana Farina, do Conselho Nacional do Ministério Público, que participou de vistoria em presídios maranhenses em outubro passado.
Representantes dos conselhos nacionais do Ministério Público e da Justiça avaliaram a situação de seis unidades prisionais do Maranhão e constataram a existência de superlotação, insalubridade e graves problemas de gestão.
Ivana Farina contou que uma das prisões tinha um túnel de uma fuga que acabou frustrada, mas contava com energia elétrica e escada de acesso. "Uma obra que claramente demandou tempo para ser efetivada. Ao lado do túnel presenciamos uma cela tomada de sacos com areia", afirmou.
TABLETS – Numa outra unidade, homens da Força Nacional, que reforça a segurança desde outubro passado, mostraram aos integrantes do CNMP e do CNJ o resultado de três dias de apreensões: além de dinheiro, armas improvisadas e celulares, foram recolhidos até tablets.
"Isso revelou para a comitiva uma ausência total de fiscalização", disse Ivana. Para Douglas Martins, do CNJ, há um "total descontrole".
Ambos lamentam que o governo maranhense não atendeu às principais recomendações feitas, entre elas fazer frente às facões criminosas e não concentrar presos do interior na capital.
A reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Humana, presidido pela ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), aconteceu ontem para discutir a situação carcerária do Maranhão, em especial do complexo de Pedrinhas onde 62 presos morreram desde o ano passado. O Estado enfrenta uma grave crise de segurança dentro e fora dos presídios.
O Conselho discutiu a divulgação de declaração pública pedindo, entre outros pontos, a não divulgação de imagens de vítimas da selvageria nos presídios e a punição imediata dos mandantes das mortes em Pedrinhas.
Dois principais grupos dividem o comando das cadeias e presídios do Estado: PCM (Primeiro Comando do Maranhão) e Bonde dos 40.
"Verificou-se, dos depoimentos dos presos, que a disposição dos mesmos ocorria de acordo com a facção criminosa, ao total arrepio das disposições legais. Os que não eram de facção, tinham que escolher uma", afirmou a promotora Ivana Farina, do Conselho Nacional do Ministério Público, que participou de vistoria em presídios maranhenses em outubro passado.
Representantes dos conselhos nacionais do Ministério Público e da Justiça avaliaram a situação de seis unidades prisionais do Maranhão e constataram a existência de superlotação, insalubridade e graves problemas de gestão.
Ivana Farina contou que uma das prisões tinha um túnel de uma fuga que acabou frustrada, mas contava com energia elétrica e escada de acesso. "Uma obra que claramente demandou tempo para ser efetivada. Ao lado do túnel presenciamos uma cela tomada de sacos com areia", afirmou.
TABLETS – Numa outra unidade, homens da Força Nacional, que reforça a segurança desde outubro passado, mostraram aos integrantes do CNMP e do CNJ o resultado de três dias de apreensões: além de dinheiro, armas improvisadas e celulares, foram recolhidos até tablets.
"Isso revelou para a comitiva uma ausência total de fiscalização", disse Ivana. Para Douglas Martins, do CNJ, há um "total descontrole".
Ambos lamentam que o governo maranhense não atendeu às principais recomendações feitas, entre elas fazer frente às facões criminosas e não concentrar presos do interior na capital.
A reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Humana, presidido pela ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), aconteceu ontem para discutir a situação carcerária do Maranhão, em especial do complexo de Pedrinhas onde 62 presos morreram desde o ano passado. O Estado enfrenta uma grave crise de segurança dentro e fora dos presídios.
O Conselho discutiu a divulgação de declaração pública pedindo, entre outros pontos, a não divulgação de imagens de vítimas da selvageria nos presídios e a punição imediata dos mandantes das mortes em Pedrinhas.