Presos “tomam” a cadeia de Paranavaí
Presos se rebelaram ontem e assumiram o controle do minipresídio de Paranavaí. A rebelião começou por volta das 16h30, quando um agente penitenciário foi feito refém em uma das alas.
Pouco depois do início da rebelião os detentos tomaram as demais alas do presídio e iniciaram um quebra-quebra. Paredes e grades foram danificadas e os rebelados chegaram ao solário.
Um forte aparato policial – com integrantes das policias Civil e Militar – se formou para evitar que os presos conseguissem sair da unidade. Eles ameaçaram subir até o telhado, mas havia um grande número policiais armados, impedindo a fuga.
A Polícia fez um cordão de isolamento e fechou as entradas dos quarteirões de acesso à cadeia. A imprensa ficou a cerca de 50 metros do centro da rebelião, de onde era possível ouvir gritos, frases desconexas e pancadas em paredes.
Foi uma rebelião praticamente “on line”. Explica-se: pouco depois do início, fotos e pequenos vídeos foram mandados por detentos para telefones celulares fora do presídio.
Numa das fotos aparece um grupo de rebelados ameaçando o agente, que neste momento estava de cabeça baixa e mãos amarradas para frente. Não havia informações sobre feridos. Um vídeo mostra dezenas de presos no solário, acenando e comemorando a insurreição.
Após as primeiras informações e chegada dos comandos das polícias Militar e Civil, outras autoridades estiveram no local, incluindo representes do Judiciário e do Ministério Público.
Por volta das 19 horas as autoridades se reuniram após ouvir as primeiras reivindicações dos presos. Informalmente sabe-se que um dos pedidos é a substituição do atual diretor do minipresídio.
No início da noite chegaram os primeiros familiares de presos em busca de informações. Também familiares de agentes buscavam informações a todo momento. Advogados igualmente estiveram no local e uns até chegaram a adentrar ao pátio do minipresídio, mas foram desaconselhados pela OAB/Subsecção de Paranavaí, através do seu presidente, Anderson Donizete dos Santos, que esteve no local. Pouco depois os advogados se retiraram.
Não houve até o fechamento desta edição qualquer pronunciamento por parte das autoridades policiais sobre as reivindicações dos rebelados.
A cadeia de Paranavaí comporta 96 presos (número de camas), mas abrigava na contagem de anteontem um total de 243 detentos.
Ainda era desconhecida a motivação da rebelião, mas especulava-se que vários fatores podem influenciar – desde o forte calor, passando pela superlotação.
Outra hipótese especulada, não confirmada pela Polícia, é de possível retaliação à operação desencadeada ontem em todo o Estado e que culminou na prisão de centenas de pessoas (ver matéria sobre esse assunto na página 9).
Não foi possível identificar uma liderança dos rebelados até o fechamento desta edição, porém, em caráter informal, foi apontado um homem detido anteontem por ordem judicial, acusado de envolvimento em assalto na casa de um produtor rural do Distrito de Graciosa.
A situação vinha tensa nos últimos dias. Anteontem um preso quase fugiu, mas foi recapturado escalando uma parede do solário.
Pouco depois do início da rebelião os detentos tomaram as demais alas do presídio e iniciaram um quebra-quebra. Paredes e grades foram danificadas e os rebelados chegaram ao solário.
Um forte aparato policial – com integrantes das policias Civil e Militar – se formou para evitar que os presos conseguissem sair da unidade. Eles ameaçaram subir até o telhado, mas havia um grande número policiais armados, impedindo a fuga.
A Polícia fez um cordão de isolamento e fechou as entradas dos quarteirões de acesso à cadeia. A imprensa ficou a cerca de 50 metros do centro da rebelião, de onde era possível ouvir gritos, frases desconexas e pancadas em paredes.
Foi uma rebelião praticamente “on line”. Explica-se: pouco depois do início, fotos e pequenos vídeos foram mandados por detentos para telefones celulares fora do presídio.
Numa das fotos aparece um grupo de rebelados ameaçando o agente, que neste momento estava de cabeça baixa e mãos amarradas para frente. Não havia informações sobre feridos. Um vídeo mostra dezenas de presos no solário, acenando e comemorando a insurreição.
Após as primeiras informações e chegada dos comandos das polícias Militar e Civil, outras autoridades estiveram no local, incluindo representes do Judiciário e do Ministério Público.
Por volta das 19 horas as autoridades se reuniram após ouvir as primeiras reivindicações dos presos. Informalmente sabe-se que um dos pedidos é a substituição do atual diretor do minipresídio.
No início da noite chegaram os primeiros familiares de presos em busca de informações. Também familiares de agentes buscavam informações a todo momento. Advogados igualmente estiveram no local e uns até chegaram a adentrar ao pátio do minipresídio, mas foram desaconselhados pela OAB/Subsecção de Paranavaí, através do seu presidente, Anderson Donizete dos Santos, que esteve no local. Pouco depois os advogados se retiraram.
Não houve até o fechamento desta edição qualquer pronunciamento por parte das autoridades policiais sobre as reivindicações dos rebelados.
A cadeia de Paranavaí comporta 96 presos (número de camas), mas abrigava na contagem de anteontem um total de 243 detentos.
Ainda era desconhecida a motivação da rebelião, mas especulava-se que vários fatores podem influenciar – desde o forte calor, passando pela superlotação.
Outra hipótese especulada, não confirmada pela Polícia, é de possível retaliação à operação desencadeada ontem em todo o Estado e que culminou na prisão de centenas de pessoas (ver matéria sobre esse assunto na página 9).
Não foi possível identificar uma liderança dos rebelados até o fechamento desta edição, porém, em caráter informal, foi apontado um homem detido anteontem por ordem judicial, acusado de envolvimento em assalto na casa de um produtor rural do Distrito de Graciosa.
A situação vinha tensa nos últimos dias. Anteontem um preso quase fugiu, mas foi recapturado escalando uma parede do solário.