Problemas respiratórios, insônia e micoses são doenças encontradas nos presos

Um diagnóstico preliminar indica que os principais sintomas de doenças encontrados nos detentos do minipresídio de Paranavaí são os problemas respiratórios, a insônia, micoses e a ansiedade. A análise foi feita pelo médico Stefan Tomé Pauka, que há três semanas atende a população carcerária.
O médico disse que nesse período foram realizadas aproximadamente 80 consultas. “Além do atendimento de novos detentos, há casos que faço uma reconsulta para verificar a evolução do tratamento. A maioria das doenças registradas está relacionada ao ambiente”, disse Pauka.
ATENDIMENTOS – Os atendimentos são solicitados pelos presos. Eles descrevem aos agentes carcerários os problemas de saúde que estão sentindo. Todos os casos são passados para o médico que atende os pacientes numa sala dentro do minipresídio.
Jean Carlos Machado Magalhães, responsável pela equipe da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejus), disse que atualmente o minipresídio está com 211 presos. Destes, 190 são homens e 21 mulheres.
“Os primeiros atendimentos foram para os casos clínicos mais graves. Depois, priorizamos o atendimento feminino. Hoje os presos solicitam o atendimento. Vale ressaltar que o medicamento prescrito é entregue aos detentos em menos de 24 horas. Isso é possível por causa de uma parceria com o juiz corregedor do minipresídio e com o Conselho da Comunidade que garante a compra dos remédios que não são distribuídos pelo Governo”, comentou Magalhães.
MUITO MELHOR – A reportagem do Diário do Noroeste conversou com um dos pacientes. O homem de 45 anos, preso por tráfico de drogas, estava passando por uma reconsulta. Na semana passada ele reclamava de tontura, o pé e a boca formigavam e a pressão estava alterada.
Na tarde de ontem ele já se sentia melhor. Porém, a pressão ainda continuava alterada.
“Estou preso há aproximadamente quatro meses. Nesse período eu já necessitei de atendimento médico e foi constrangedor chegar algemado no Pronto Atendimento. Aqui o atendimento tem qualidade e o medicamento é cedido gratuitamente. Isso evita despesas para nossos familiares”, disse o detento.