Procura-se um bom político
Com a proximidade das eleições a maioria da população, mesmo aqueles que não se interessam muito pela atividade política, buscam escolher entre as opções disponíveis, um candidato que possa representar as suas aspirações referentes ao futuro.
Como escolher bem nesta sopa de letrinhas que se transformaram os partidos brasileiros? Várias dúvidas assolam o eleitor que, com certa razão, desconfia de todos aqueles que militam na política. Importante frisar que nossa indignação, asco e outros sentimentos negativos não vão impedir que sejam eleitos novos dirigentes.
Independente dos votos nulos, em branco, ausência na votação, voto de protesto (o pior deles) ou outra forma de manifestação que possa expressar nossa revolta, seja por não termos a vida que desejamos, pelos problemas enfrentados ou outras razões, será eleito um grupo de pessoas que vai conduzir nosso país, influenciando diretamente nossa vida nos próximos quatro anos.
Tenho afirmado muitas vezes que os eleitores podem ser enganados pela superficialidade com que analisam e escolhem candidatos nas eleições. Por exemplo, candidatos ao legislativo que prometem "mais saúde" mesmo sabendo que as melhorias dependem de ações de ordem orçamentária, organizacional, de recursos humanos e estruturais afetas ao executivo, que tem a competência nesta área.
Legisladores são eleitos para acompanhar, fiscalizar, aprovar ou elaborar leis que não criem despesas financeiras ao executivo sem a devida contrapartida orçamentária assegurada, dizendo de onde sairá o recurso ou quem pagará a conta, seja com mais impostos ou supressão de serviços prestados pelo governo.
Executivos têm que ter experiência comprovada, sob pena de lançarmos o país em uma aventura da qual poderemos nos arrepender. Experiências fracassadas do passado mostram o quanto é prejudicial a nossa vida um governante inepto ou despreparado.
Qualidades pessoais praticadas no dia a dia são importantes e devem ser analisadas tais como, honestidade, honradez, ética, família, valores morais, capacidade de doação voluntária, história de serviços prestados a pessoas e a comunidade sem intenção de retribuição política, valores cristãos de solidariedade, compaixão, amor às pessoas e aos animais, respeito ao meio ambiente e outras ações e sentimentos.
Se a pessoa já exerceu ou exerce cargo público, qual foi a sua contribuição a nossa comunidade, quais ações de ordem política produziu, seja através de leis ou programas que produziram melhorias às pessoas? Neste quesito deve ser excluído atendimentos exclusivos a uma pessoa, usando o serviço público, pois se trata de nossa obrigação como representantes eleitos.
Enfim, da nossa decisão no dia da eleição poderá nascer um país melhor, mais justo e progressista, se optarmos por pessoas preparadas e dispostas a usar seu conhecimento e seu trabalho a serviço da comunidade, com honestidade e comprometimento.